Operação Influencer. Vieira da Silva (também) quer explicações do MP

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Mariana Vieira da Silva reagiu à rejeição de um recurso do MP, levada a cabo pelo Tribunal da Relação de Lisboa, que aponta que a tese de influência de Diogo Lacerda Machado sobre António Costa não passa de “proclamações” que "não estão sustentadas em qualquer facto concreto".

Para a antiga ministra da Presidência, é lamentável que após um processo que teve consequências drásticas não se saiba ainda quais são as acusações contra António Costa, para que este se possa defender.

"À medida que o tempo passa [...] continuarmos sem saber o que justificou aquele parágrafo e quais são as acusações contra António Costa", afirmou ainda, em entrevista à Antena 1, lembrando que a acusações tiveram "consequências drásticas" com a demissão de António Costa, a queda do Governo de maioria socialista e, consequentemente, as eleições legislativas.

Vieira da Silva defendeu que o pedido de esclarecimentos que vários membros do PS estão a fazer ao MP não significa que a justiça não possa fazer o seu trabalho e investigar. Contudo, aquilo que não pode, defende, é não revelar aos envolvidos no processo aquilo que se está a passar, impedindo-o de ser ouvido.

"Ninguém diz que ele não pode ser investigado, o que se diz é que tem de haver explicações e consequências do que se passou ontem", afirmou, lembrando ainda que a "democracia depende da justiça poder ser célere".

Recorde-se que, esta quarta-feira,  o Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou o recurso do Ministério Público, reduziu as medidas de coação dos arguidos da Operação Influencer a termo de identidade e residência e entendeu não existirem indícios de crimes.

Na sequência disso, a ex-ministra Ana Catarina Mendes recorreu às redes sociais para exigir explicações.

"O Ministério Público deve explicações aos Portugueses. Porque derrubou um Governo e um Parlamento, como se levantam suspeitas e se coloca em causa o bom nome das Pessoas? Isto é gravíssimo em Democracia, já o tinha afirmado aqui há meses", criticou a socialista, numa posição que é agora apoiada por Mariana Vieira da Silva.

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