A maior operadora de telecomunicações da Ucrânia foi alvo do maior ciberataque desde que começou a invasão russa e mais de 24 milhões de utilizadores foram afetados. A Kyivstar confirmou o ataque e revela que está a trabalhar com as entidades estatais para a recuperação do serviço.
“Pedimos desculpa por qualquer inconveniente temporário e agradecemos a compreensão. A nossa equipa vai seguramente fornecer compensações aos subscritores que não tiveram comunicações ou que não puderam usar os nossos serviços. Sim, os nossos inimigos são traiçoeiros. Mas estamos prontos para qualquer dificuldade, para a ultrapassar e continuar a trabalhar para os Ucranianos”, lê-se no comunicado. O CEO da empresa referiu numa entrevista televisiva que o ataque faz parte da estratégia de invasão russa.
Os serviços secretos ucranianos, SBU, estão a investigar várias teorias sobre a identidade dos atacantes e confirmam que “uma das versões a ser analisada atualmente é que os serviços especiais da Federação Russa possam estar por trás deste ataque”, cita o Motherboard.
O ciberataque surge na sequência de um aumento de bombardeamentos na Ucrânia, com a Rússia a ter disparado, na semana passada, mais 19 mísseis, 14 dos quais foram intercetados pelas defesas ucranianas.
O serviço NetBlocks confirma que a conectividade “colapsou” na Ucrânia durante o dia de ontem e que o ciberataque afetou linhas de telefone fixo e comunicações móveis.
⚠️ Confirmed: Metrics show that connectivity has collapsed on leading #Ukraine internet operator Kyivstar, as the company reports that it is facing a 'powerful' cyberattack; the incident affecting fixed-line and mobile services is ongoing at the present time ???? pic.twitter.com/PcKXXlHQrd
— NetBlocks (@netblocks) December 12, 2023
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