«O Futebol sob uma perspetiva de cultura pop»
O Financial Times (com toda a vénia) avança numa matéria recente com números muito interessantes: o Campeonato da Europa já é disputado por 24 Nações, a Liga dos Campeões chegou aos 36 clubes e o Mundial 2026 vai ser disputado por 48 países - e nestas equações ainda não incluo o Campeonato do Mundo de Clubes do próximo ano.
Overdose mediática, feitiço contra o feiticeiro, a montante uma escolha nacionalista e criteriosa dos jogos a seguir? O tempo, esse Grande Juiz, o vai anunciar. Mas, recorrendo a stats, o aumento de percentagem de lesões nas competições mais importantes como a Premier torna -se a cada época que passa uma preocupação maior. Quer para os players, quer para as empresas que gerem os respetivos orçamentos e salários. O Alemanha 2024 será o mais politizado de sempre. Nações como a Geórgia, o próximo adversário de Portuga, envolvida em conflitos aos quais o Kvaradona, ou seja Kvaratsheklia, tem sido ativo e efetivo; ou a França, onde o apelo expressivo ao voto contra a Mister Le Pen tem sido liderado por Ousmane Dembele e, embora de uma forma mais subtil, por Mbappé. Estes acusam a já clássica ideia da Direita Dura que «chamar França a uma equipa construída artificialmente por descendentes de naturais das ex-colónias não faz sentido». O Futebol como campo político não é algo novo, mas a comunicação digital dos nossos dias cria de imediato opiniões e conflitos competitivos que a coincidência do ato eleitoral francês decorrer durante o Torneio aumenta exponencialmente na sua carga mediática. E, por fim, o Futebol a centímetro. Longe vão os tempos em que a festa era imediata e que no fim ganhava a Alemanha. Para a Oitava tudo começa realmente no Primeiro de Julho, o primeiro dia do resto da nossa campanha, uma adaptação da eterna canção de Sérgio Godinho! Por falar em canções, a tanga sonora do torneio pertence ao duo de ítalo-disco, Baccara, Yes Sir I Can Boogie. Algo que os seus grandes fãs, os escoceses, não conseguiram fazer.
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