O fundador do partido Shor, Ilan Shor, anunciou no domingo a criação da coligação Vitória, com quatro outros partidos, e que irá concorrer às eleições gerais e fazer campanha para o referendo, ambos previstos para a mesma data.
De acordo com a agência de notícias estatal russa TASS, Ilan Shor garantiu que "chegou a hora de vencer" as políticas do governo da Moldova que "levam ao desastre" e sobre as quais "ninguém tem ilusões".
"O caminho louco rumo à integração europeia é um caminho para lugar nenhum para a Moldova", acrescentou.
"Gostaríamos muito de realizar o nosso evento em Chisinau (capital), mas a Moldova é atualmente um estado sequestrado. Qualquer oponente na Moldova já é um traidor desde o início, qualquer ato político termina com prisões, acompanhadas de buscas e perseguições por parte do regime pró-europeu", disse Ilan Shor.
O oligarca está fugido à justiça moldava desde 2019 e foi condenado à revelia, em maio de 2023, a 15 anos de prisão por corrupção.
O Tribunal Constitucional da Moldova aprovou na semana passada a realização de um referendo sobre a adesão do país à UE, uma iniciativa promovida pela presidente pró-europeu Maia Sandu.
A questão volta agora ao parlamento moldavo, dominado pelo Partido Ação e Solidariedade (PAS), no poder, e que já no final de março tinha aprovado, de forma preliminar, a realização da consulta popular, numa votação boicotada pela oposição.
Se a população moldava aprovar a adesão à UE, terão de ser introduzidas várias alterações à Constituição, cujo preâmbulo destacará a irreversibilidade da integração no bloco comunitário.
A Constituição terá ainda um artigo denominado "Integração Europeia" e que indicará que o país adere aos tratados que estabelecem a UE e às leis que reveem os tratados fundadores do bloco.
A presidente Sandu anunciou, no final de dezembro, a intenção de realizar um referendo sobre a adesão ao bloco dos 27 e o PAS já lançou uma campanha informativa a apelar ao voto favorável na consulta popular.