Organização russa denuncia tentativa de condicionar voto nas presidenciais

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A organização Golos, criada há mais de duas décadas, manifestou preocupação relativamente a um sistema promovido pelo partido no poder, Rússia Unida, para encorajar a participação de trabalhadores ligados ao Estado nas eleições de 15 a 17 de março.

O alvo do partido apoiante de Putin inclui trabalhadores de instituições públicas ou de empresas aliadas do governo.

Segundo este sistema, o eleitor recebe uma mensagem no telemóvel com uma ligação em que pode confirmar que votou.

A ligação só funciona se o telemóvel tiver a localização ativada e for utilizado perto de uma assembleia de voto.

A Golos considera que esta medida viola a liberdade de expressão e o caráter secreto do sufrágio, segundo afirmou nas redes sociais.

Putin, no poder desde 2000, está a tentar obter um novo mandato de seis anos, graças a uma reforma constitucional que lhe permitirá manter-se na presidência.

As eleições, que se realizarão em três dias, não são contestadas por nenhum grande rival, pelo que a oposição pode utilizar a taxa de abstenção como argumento contra Putin.

Criada em 2000, a Golos é a única organização independente de vigilância eleitoral ativa na Rússia.

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