Ossufo Momade diz que são todos "farinha do mesmo saco" na Frelimo

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O candidato presidencial Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, avisou hoje que o "problema" do país é a Frelimo, em que "todos são farinha do mesmo saco".

"Vai fazer, vai fazer, vai fazer. Nunca vai fazer. Se não fizeram [Frelimo, no poder desde 1975] em 49 anos, não vão fazer agora", disse Ossufo Momade, também presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), numa ação de campanha, esta tarde, em Xai-Xai, província de Gaza, para as eleições gerais de 09 de outubro.

Moçambique realiza na próxima quarta-feira as sétimas eleições presidenciais - às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que é também presidente da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que atingiu o limite constitucional de dois mandatos - em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

Daniel Chapo, atual secretário-geral do partido, foi o escolhido pela Frelimo para tentar suceder a Nyusi, nestas eleições, mas Ossufo Momade afirmou que o "problema" de Moçambique "é o sistema" e "as políticas da própria Frelimo".

"Não vai resolver. Todos são farinha do mesmo saco", acusou Momade, na mesma ação de campanha, que termina domingo em todo o país.

Depois de voltar a criticar a corrupção instalada no país, responsabilizando a Frelimo e os seus dirigentes, o candidato apoiado pela Renamo traçou a prioridade de combater a burocracia na máquina do Estado: "Nós queremos o respeito, nós queremos um bom tratamento".

Afirmou ainda que o ensino em Moçambique "está doente", prometendo "criar condições" para que as crianças moçambicanas possam "ter uma boa educação".

"A Frelimo nunca vai criar condições para as nossas crianças", afirmou.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar na quarta-feira, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições.

Concorrem ainda à Presidência da República Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos).

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