Trata-se de um ativo de refúgio, que por hábito valoriza em situações de receios sobre a economia. Dito isto, os potenciais cortes nos juros, a par dos conflitos entre Ucrânia e Rússia e no Médio Oriente, geram dúvidas que fazem subir o preço da onça e dos futuros de ouro.
O preço da onça de ouro está a negociar em alta na sessão desta terça-feira, ao mesmo tempo que os futuros daquele recurso estão a valorizar quase 1%. Ambos atingem máximos históricos, em linha com a tendência registada nos últimos dias, em resultado dos sinais de cortes nos juros.
A generalidade dos analistas apontam a pelo menos dois cortes nas taxas de juro da Fed até final de 2024, sendo que uma redução de 50 pontos base (p.b.) é apontada como uma forte possibilidade já na próxima reunião, que vai decorrer a 17 e 18 de setembro.
Em simultâneo, também se espera um corte nos juros do BCE em setembro, com os mercados a apontarem a uma redução de 25 p.b. no próximo mês.
Enquanto ativo de refúgio, a cotação do ouro sobe habitualmente em períodos de incerteza, como é o caso neste momento. Além do susto que provocou um sell-off nos mercados no início de agosto, a incerteza sobre a situação geopolítica na Ucrânia e no Médio Oriente está a potenciar as negociações que envolvem o ouro.
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