Palestinianos fogem de Khan Yunis (rumo a Rafah). As imagens do momento

7 meses atrás 72

Após o Exército de Israel ter assegurado, no início da semana, que prossegue a ofensiva terrestre a oeste de Khan Yunis, centenas de palestinianos fugiram da cidade do sul da Faixa de Gaza.

Homens, mulheres e crianças carregam os seus bens durante a fuga em direção a Rafah, cidade localizada na fronteira com o Egito - conforme pode ver na galeria de imagens acima.

Após dois meses sem avanços significativos, o Exército israelita assegurou, no início da semana, que prossegue a ofensiva terrestre a oeste de Khan Yunis, obrigando milhões de pessoas a fugir das suas casas desde o início do atual conflito entre Israel e o Hamas.

De recordar que Khan Yunis tornou-se, nos últimos dias, o foco da ofensiva militar israelita, depois de se ter concentrado no norte e obrigado milhares de pessoas a fugir para o sul do enclave palestiniano.

Segundo a versão israelita, o Exército atua em Khan Yunis para detetar e destruir infraestruturas militares das milícias palestinianas "sem deixar de ter consciência da complexidade da tarefa, já que o Hamas se protege em locais como hospitais e escolas".

O Exército também assegura que utiliza "unidades capacitadas e experimentadas" e sustenta ter iniciado "uma nova fase" da guerra de menor intensidade. No entanto, permanece concentrado nesta área do sul de Gaza, onde estão em condições muito precárias centenas de milhares de deslocados internos.

A 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) - desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas, e cerca de 250 reféns, 127 dos quais permanecem em cativeiro.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que entretanto se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 111.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 25.900 mortos, 63.740 feridos e 8.000 desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população a enfrentar níveis graves de fome.

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