Palestinianos regressaram a Khan Younis e encontram cidade irreconhecível

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Com milhares de edifícios destruídos ou danificados, as famílias tentaram encontrar as suas casas ao longo de ruas destruídas, rodeadas por paisagens de escombros que outrora eram blocos de apartamentos e empresas, noticiou a agência Associated Press (AP).

Em alguns quarteirões, os edifícios ainda estão de pé, mas 'esventradas', queimados ou cheios de buracos, com os andares superiores parcialmente destruídos.

Magdy Abu Sahrour ficou chocada ao ver a sua casa em Khan Younis destruída: "Não consegui encontrar minha casa por causa de toda a destruição", contou.

Israel enviou tropas para Khan Younis em dezembro, como parte da sua poderosa ofensiva terrestre que surgiu em resposta ao ataque do Hamas em 07 de outubro no sul de Israel.

As autoridades israelitas realçaram que Khan Younis era um importante reduto do Hamas e que suas operações no local mataram milhares de militantes e infligiram grandes danos a uma vasta rede de túneis usados pelo Hamas para transportar armas e combatentes. Também alegou ter encontrado evidências de que reféns foram mantidos na cidade.

O cenário em Khan Younis mostra aquele que foi um dos ataques militares mais destrutivos e letais do mundo nas últimas décadas, deixando a maior parte do pequeno território costeiro inabitável para os seus 2,3 milhões de habitantes.

Também é um prenúncio do que poderá acontecer na cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, onde metade da população deslocada do enclave se encontra aglomerada.

Israel tem planos para realizar uma ofensiva nessa cidade e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, intensificou hoje a sua promessa de avançar com a operação.

Ao mesmo tempo, continuam a decorrer negociações no Cairo para um acordo de cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades.

Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 33.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.

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