O PAN aposta na “mobilidade leve, verde e justa” e acrescentou que, com a disponibilização de apoios comunitários e a consciência ambiental que existe, “é inadmissível” que viver fora do Funchal signifique que o cidadão tenha de ter carro próprio ou que não possa depender de transportes públicos.
A candidatura do PAN Madeira às eleições regionais, que decorrem a 26 de maio, defendeu a reformulação dos transportes públicos da Região Autónoma.
A força partidária lamentou que, a portas com o serviço SIGA e CAM, “não se tenha aproveitado” essa oportunidade para “reformular” os autocarros de “forma próxima” às pessoas nem optado por autocarros elétricos ou híbridos, preferindo apostar numa “lavagem de cara” com a publicidade dada aos “novos autocarros”.
O partido diz que “para as zonas com menor densidade populacional onde não se justifique uma carreira regular e num autocarro grande, defendemos um serviço por chamada, onde o passageiro consiga agendar, através de carrinhas pequenas que deviam existir em muito maior número, conhecendo as especificidades da região que em nada são novidade, a sua viagem. Esse serviço já existe atualmente no Funchal, mas é ansiado na restante região”.
A força partidária acrescentou que a criação de hubs ou pequenas centrais de autocarros que recebessem essas carrinhas das zonas mais longínquas ou com menos pessoas e que transitassem, depois, num serviço direto para o Funchal “é, sem dúvida, o caminho a seguir”.
O PAN lamentou também que vários partidos “venham a público falar de questões de trânsito, castrantes, sem dúvida, sem se debruçarem sobre formas atrativas e bonificadoras para as pessoas poderem deslocar-se de transportes públicos, poupando na sua carteira e no ambiente, mas sem condicionarem a facilidade ou a rapidez da deslocação”.
A força partidária sublinhou que aposta na “mobilidade leve, verde e justa” para todas e todos os cidadãos e acrescentou que atualmente com a disponibilização de apoios comunitários e a consciência ambiental que existe, “é inadmissível” que viver fora do Funchal signifique que o cidadão tenha de ter carro próprio ou que não possa depender de transportes públicos.
O partido referiu que em algumas zonas rurais e até mesmo em zonas urbanas fora do eixo Câmara de Lobos-Caniço, “ainda se sofre” deste problema.
“Ter um autocarro para o Funchal às 8h00 da manhã e praticamente outro de volta às 17h00, sem serviços intermédios e dias da semana sem qualquer oferta intermédia é impraticável nos dias que correm e vai contra todos os pressupostos que defendemos”, disse a força partidária.