PAN quer mais investimento no melhoramento genético das culturas

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"Esta festa é muito importante para esta freguesia e voltamos a reforçar a importância da aposta na agricultura, sendo a cebola da Madeira o 'ex-líbris', sobretudo nesta freguesia. Infelizmente, tem sido fustigada por alguns problemas fúngicos nos últimos anos que quase dizimaram esta cultura", disse a cabeça de lista, Mónica Freitas, naquela zona do concelho de Santa Cruz.

De acordo com a candidata, não se pode continuar praticar os mesmos métodos de cultivo e esperar resultados diferentes.

Por isso, para o PAN, é preciso investir "no melhoramento genético da cultura, criar culturas mais resistentes, apostar na permacultura e em práticas mais biológicas para o controlo destas pragas".

"Deve haver uma aposta séria para que haja este compromisso com a produção e resposta a estes produtores, que é tão importante que dá até azo a uma festa destas. [...] Sem dúvida que estes marcos têm de continuar a ter uma aposta que não se pode perder, porque fazem parte da tradição, da cultura e da identidade destas freguesias", afirmou.

De acordo com a deputada regional, os executivos "deveriam ter olhado de perto, e de fora dos gabinetes", para o real estado da agricultura, mas "infelizmente só sonham com internacionalizações e marcas Madeira sem olhar, primeiro, para dentro e para o agricultor".

O PAN defende ainda um estudo sobre as novas aptidões agrícolas dos terrenos, assim como a mudança de época para o plantio das diferentes variedades, respondendo às alterações climáticas.

"Ao mesmo tempo, comprometemo-nos com a criação de um campo de horticultura avançada, cruzando e acelerando a criação de cultivares resistentes às pragas. Por fim, e entre várias outras medidas, defendemos programas de formação regulares e de proximidade de modo a que o agricultor consiga antever e conhecer os fenómenos naturais que surgem ao longo do ano", indicou a candidatura.

A cabeça de lista do PAN esteve no centro da vida política madeirense nos últimos meses porque decidiu retirar o apoio político ao presidente do Governo Regional (PSD/CDS), Miguel Albuquerque, quando o social-democrata foi constituído arguido numa investigação judicial de alegada corrupção.

Após as eleições de 2023, o PAN celebrou um acordo de incidência parlamentar com o PSD, permitindo à coligação de direita assegurar a maioria absoluta. Foi a retirada da sua confiança política em Albuquerque (agora novamente cabeça de lista) que levou o governante a pedir a demissão do cargo, resultando na decisão do Presidente da República de dissolver o parlamento e marcar legislativas para 26 de maio.

Catorze candidaturas disputam agora os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

Em 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

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