Papel dos políticos não é convocar protestos: a resposta da plataforma de sindicatos da PSP e da GNR a Ventura

2 meses atrás 90

País

"Preciso que venham para o Parlamento, nas galerias e fora do Parlamento, mostrar a força, a força que este país sempre reconheceu às polícias, às forças de segurança. Todos ao Parlamento para fazer a correção de um injustiça histórica às nossas polícias e forças de segurança", apela André Ventura, presidente do Chega.

A plataforma de sindicatos da PSP e da GNR diz que o papel dos partidos políticos não é convocar protestos. É a resposta ao apelo de André Ventura, que pediu uma concentração no Parlamento na próxima quinta-feira, o dia em que vão ser discutidas propostas do Chega para as forças de segurança.

Ainda sem acordo nas negociações com o Governo, foram desafiados por André Ventura, nas redes sociais, para um protesto:

"Preciso que venham para o Parlamento, nas galerias e fora do Parlamento, mostrar a força, a força que este país sempre reconheceu às polícias, às forças de segurança (...). Todos ao Parlamento para fazer a correção de um injustiça histórica às nossas polícias e forças de segurança"

O dia escolhido é quinta-feira, enquanto são discutidas no plenário propostas como o suplemento de missão à PSP e à GNR ou a criminalização do incitamento ao ódio contra órgãos de polícia criminal e judiciais.

Bruno Pereira, da plataforma PSP GNR, diz que "não se devem confundir os papeis".

"Não é papel de qualquer líder parlamentar ou partido político - seja ele qual for - de mobilizar e instrumentalizar massas setoriais (...). E até pedimos a todos os partidos que não se colassem ao movimento contestatário dos polícias", refere.

O porta-voz da plataforma que junta sindicatos da PSP e GNR diz, no entanto, que cada um é livre de escolher se quer participar na concentração.

"Esta ação é do Chega, como podia ser de outro qualquer partido, que vai pôr em cima do Parlamento algo que dignifique as forças de segurança. Não há nenhum apelo à desordem, há apenas uma situação séria a resolver, que começou com a aprovação do diploma para a Polícia Judiciária. Chegaram há pouco tempo ao Governo, mas acho que estão um pouco intransigentes no que concerne à situação os valores", refere Pedro Carmo, da organização sindical dos polícias.

Uma nova reunião com Governo está ainda por marcar. O Ministério da Administração Interna propôs um aumento faseado de 300 euros no suplemento de risco da PSP e da GNR. Foi recusado pelos sindicatos.

O Movimento Zero está ao lado de Ventura no apelo aos polícias para que se manifestem em frente ao Parlamento. Considera que os polícias não podem ficar de "braços cruzados" e apela à presença de todos" os agentes da PSP e militares da GNR para se manifestarem durante a votação da proposta do partido de extrema-direita.

Ler artigo completo