O tribunal considerou que a agência nacional anticorrupção do Paquistão não tinha provas suficientes para confirmar a condenação imposta em 2018 contra o ex-chefe de Governo por um tribunal de primeira instância e decidiu o recurso a favor de Sharif.
O seu irmão, o também ex-primeiro-ministro Shehbaz Sharif, saudou a decisão da Justiça e sublinhou que os processos "foram criados para desqualificá-lo".
Nawaz Sharif - que governou o Paquistão por três vezes - foi destituído do cargo em 2017 pelo Supremo Tribunal do país e condenado um ano depois.
A lei paquistanesa proíbe que um condenado possa concorrer às eleições gerais, embora no início deste ano tenha sido introduzida uma série de alterações à Lei Eleitoral limitando a desqualificação de deputados a cinco anos, com efeito retroativo.
No entanto, o Supremo Tribunal manteve a sua desqualificação em relação ao caso de investigação jornalística Panama Papers e decidiu que o seu afastamento de cargos públicos seja vitalício, alegando a falta de "honestidade e confiança" do político paquistanês.
Agora, o Supremo Tribunal criou um tribunal especial para determinar se os candidatos que foram desqualificados no passado ao abrigo da Constituição podem ou não participar nas eleições à luz das alterações à lei aprovadas este ano.
O sucessor de Sharif no cargo e rival político, Imran Khan, também foi destituído pelo Parlamento numa moção de censura, em 2022, estando neste momento detido enquanto aguarda a resolução dos processos judiciais abertos contra si.
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