Paquistão vai indemnizar famílias de chineses mortos num atentado suicida

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Os chineses foram atacados no noroeste do Paquistão, na cidade de Bisham, quando se dirigiam para a barragem de Dasu, a maior do país, onde trabalhavam.

O Ministério das Finanças paquistanês informou, em comunicado, que o governo vai também pagar 8.950 dólares (quase 8.300 euros) à família do motorista paquistanês, que também morreu no ataque de 26 de março.

O governo afirmou que o ataque foi planeado no Afeganistão e que o bombista era um cidadão afegão. O governo talibã do Afeganistão e os militantes paquistaneses negaram as alegações.

A indemnização foi aprovada numa reunião liderada pelo Ministro das Finanças Mohammad Aurangzeb, segundo o comunicado.

Milhares de chineses estão a trabalhar em projetos relacionados com o Corredor Económico China - Paquistão. Alguns deles foram atacados nos últimos anos por militantes que os acusam de saquear recursos minerais.

A China é um importante parceiro económico e político do Paquistão. O corredor económico --- um conjunto de infraestruturas para ligar o oeste da China ao Oceano Índico, num projeto que faz parte da iniciativa chinesa Faixa e Rota --- está avaliado em mais de 56 mil milhões de euros.

No entanto, os ataques de insurgentes contra cidadãos chineses aumentaram nos últimos anos, coincidindo com um aumento da violência no Paquistão, que Islamabade associa à subida ao poder dos talibãs no Afeganistão, em agosto de 2021.

O corredor foi forçado a suspender as operações em julho de 2021, quando um bombista suicida matou 13 pessoas, incluindo nove engenheiros chineses.

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