Na rede social X (antigo Twitter), o Ministério dos Negócios Estrangeiros paraguaio expressou a sua solidariedade ao povo e ao governo de Taiwan depois da decisão de Nauru.
O governo do Paraguai realçou o seu apoio "ao povo taiwanês, com quem partilha princípios e valores democráticos".
Taiwan passa assim a ter laços oficiais com 11 países e o Vaticano. Sete estão na América Latina e nas Caraíbas, três nas ilhas do Pacífico e um em África.
O corte das relações diplomáticas ocorre apenas dois dias depois de o vice-presidente e candidato do Partido Democrático Progressista (DPP, na sigla em inglês), William Lai Ching-te, ter vencido as eleições presidenciais de Taiwan com 40,05% dos votos.
Uma breve declaração divulgada pelo Governo de Nauru sublinhou que o país reconhece o princípio 'Uma só China' e procura reatar relações diplomáticas plenas com Pequim.
A China manifestou o seu apreço pela decisão do governo de Nauru.
O Governo chinês disse estar pronto para "abrir um novo capítulo" nas relações entre os dois países, agora que Nauru se tornou a mais recente nação da Oceânia a reconhecer Pequim como o único governo legítimo de toda a China.
Pequim acusou também os Estados Unidos de difamação, após Washington qualificar como dececionante a decisão de Nauru.
Durante os oito anos de mandato da atual Presidente, Tsai Ing-wen, Taiwan perdeu nove aliados diplomáticos para além de Nauru: São Tomé e Príncipe (2016), Panamá (2017), República Dominicana, Burkina Faso, El Salvador (2018), Ilhas Salomão, Kiribati (2019), Nicarágua (2021) e Honduras (2023).
Taiwan mantém o reconhecimento diplomático de doze Estados, sete dos quais situados na América Latina e nas Caraíbas, como o Paraguai, a Guatemala e o Haiti; três na Oceânia, um em África e um na Europa (Cidade do Vaticano).
Leia Também: Xi Jinping defende necessidade de "conquistar os corações" dos taiwaneses