Portugal chega aos Jogos Paralímpicos Paris2024 com uma das comitivas mais pequenas de sempre, mas com a ambição de ultrapassar os resultados conseguidos em Tóquio2020, assume a chefia da Missão nacional, sem querer falar em medalhas.
Há três anos, depois de os Jogos terem sido adiados um ano devido à pandemia de covid-19, Portugal teve na capital japonesa a sua participação menos medalhada desde 1972, com duas subidas ao pódio, para receber dois bronzes, e 23 diplomas.
O chefe da Missão portuguesa considera que traçar objetivos demasiado quantificáveis pode criar pressão adicional nos atletas, e lembra as especificidades de competição, que começa na quarta-feira.
“Não vamos estar aqui a prometer finais, nem medalhas, os Jogos são uma competição diferente, têm uma carga emocional muito grande e competitividade acima da média. Não podemos traçar objetivos muito ambiciosos, pois estamos a criar pressão adicional nos atletas”, disse.
Com uma comitiva de 27 atletas, a mais pequena desde Seul1988, Luís Figueiredo assegura que os portugueses vão para Paris “com espírito e ambição” e que “todos fazem a sua preparação como objetivo final de atingir finais e ganhar medalhas”.
Ainda assim, Portugal atingirá em Paris2024 o número recorde de 10 modalidades, estreando-se nas competições de triatlo e powerlifting, e apresenta uma média de idades de 31 anos, inferior em cinco anos à dos Jogos Tóquio2020.
Luís Figueiredo, que elegeu como grande desafio a missão de “fazer com que os atletas tenham as melhores condições e possam chegar a Paris no máximo da sua forma, e atingir os objetivos a que se propuseram”, destacou ainda o facto de a comitiva integrar 10 atletas femininas.
O contrato-programa de preparação para os Jogos Paralímpicos Paris2024 tem um valor global de 9,2 milhões de euros e as bolsas pagas aos atletas paralímpicos, bem como os prémios pela conquista de medalhas, são iguais às dos atletas olímpicos.