Parkinson. Medicamento pode abrandar a progressão da doença

1 mes atrás 61

Recentemente, uma equipa de investigadores franceses descobriu que existe um medicamento para a diabetes, chamado lixisenatide, capaz de abrandar significativamente a progressão dos sintomas motores da doença de Parkinson. Cientistas já tinham comprovado um efeito semelhante noutro medicamento: o exenatide

Isto pode confirmar "a teoria de que a doença de Parkinson pode estar associada à resistência à insulina no cérebro", explicam os investigadores responsáveis pelo estudo, disponibilizado na New England Journal of Medicine.

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Para chegarem a esta conclusão os investigadores dividiram aleatoriamente mais de 150 pessoas a quem tinha sido recentemente diagnosticada a doença em dois grupos de igual dimensão. 

Para testar o efeito do medicamento, ambos os grupos tomavam a sua medicação habitual para a doença, mas um grupo recebeu uma injeção diária adicional de lixisenatida, enquanto o outro recebeu um placebo. Para além disto, antes, durante e após o estudo, os participantes foram submetidos a um exame dos seus sintomas motores e receberam uma pontuação numa escala de gravidade da doença.

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Graças a isto, os investigadores concluíram que, ao fim de 12 meses, "os doentes que tomaram lixisenatida não registaram praticamente qualquer progressão nos problemas motores". Já o grupo que recebeu placebo registou um agravamento dos sintomas. 

Esta "diferença manteve-se dois meses depois de o ensaio ter sido interrompido e de os outros medicamentos para a doença de Parkinson terem sido suspensos de um dia para o outro". Segundo os investigadores, "isto sugere que a lixisenatida não se limita a reduzir os sintomas, mas protege o cérebro contra a perda de neurónios".

Mas, apesar dos resultados positivos, os cientistas registaram que o medicamento causou alguns efeitos secundários e 13% dos participantes relataram vómitos.

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