Yulia Navalnaya está a ser encarada por muitos como a próxima figura de destaque na oposição ao presidente russo, Vladimir Putin, ao ter reagido com mensagens políticas fortes e veementes à morte do marido.
“Vou continuar o trabalho de Alexei Navalny. Continuarei pelo nosso país, convosco. E apelo a todos para estarem comigo (…). Não é uma vergonha fazer pouco, é uma vergonha não fazer nada, é uma vergonha deixarmo-nos amedrontar”, afirmou num vídeo publicado nas redes sociais dias depois da morte do marido, no qual acusou diretamente Vladimir Putin de ter matado Navalny.
Após a intervenção de Yulia Navalnaya, os eurodeputados discutem com a Comissão Europeia e a presidência belga do Conselho da UE a morte de Navalny e “a necessidade de ação da UE para apoiar os presos políticos e a sociedade civil oprimida na Rússia”, segundo uma nota informativa do Parlamento Europeu, que acrescenta que uma resolução sobre esta matéria será votada na quinta-feira.
A morte de Navalny foi anunciada no dia 16 de fevereiro pelos serviços prisionais russos. As autoridades russas, que indicaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência, declararam que o opositor morreu de “causas naturais”.
A família de Navalny conseguiu recuperar o seu corpo no sábado, dia 24 de fevereiro, mas não se sabe ainda quando e onde será sepultado.
Destacados dirigentes ocidentais, a família e apoiantes do opositor responsabilizam Putin pela sua morte.