Parlamento unânime no pesar pela morte do tenente-general Franco Charais

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O parlamento aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar apresentado pelo PS pela morte do tenente-general Franco Charais, aos 93 anos, considerado um dos principais artífices da revolução de 25 de Abril de 1974.

Assinado à cabeça pelo secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, no voto de pesar do PS destaca-se Franco Charais, natural do Porto, como um "corajoso capitão de abril".

"Manuel Ribeiro Franco Charais foi membro do Movimento dos Capitães que preparou na clandestinidade a revolução de 1974 e membro da Comissão Coordenadora do MFA onde colaborou ativamente no programa do Movimento das Forças Armadas que definia princípios políticos norteadores dos três D`s: democratizar, descolonizar e desenvolver", salienta-se no texto.

No voto, recorda-se que Franco Charais esteve "ativo no período de preparação da revolução e na preparação do seu programa político" e foi "um dos intervenientes na libertação dos presos políticos detidos no Forte de Caxias, um dos momentos mais marcantes das liberdades recém-adquiridas com a revolução e que permitiu a libertação imediata de centenas de oposicionistas, na sua maioria militantes do PCP e da CDE, mas também membros das associações cristãs e alguns militantes do MRPP".

"Franco Charais foi ainda uma figura central no período que se seguiu à revolução, tendo desempenhado as funções enquanto conselheiro de Estado, conselheiro da Revolução, comandante da Zona Militar Centro, tendo ainda sido um dos nomes que assinou o Documento dos Nove, a voz moderada dentro do MFA que marcou a rutura com o gonçalvismo e acelerou o processo que culminou no 25 de novembro de 1975. Em 1970 Franco Charais foi condecorado com o grau de cavaleiro da Ordem de Avis e em 1985 com a grã-cruz da Ordem da Liberdade", acrescenta-se.

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