Parlamento venezuelano destitui membro do CNE

2 horas atrás 17

A destituição foi aprovada depois de o presidente do parlamento, Jorge Rodríguez, acusar Delpino dos crimes de "traição à pátria, associação para cometer crime e cumplicidade com potencias estrangeiras".

Jorge Rodríguez solicitou ao Ministério Público a abertura de uma investigação contra Delpino por alegados "atos puníveis" e sugeriu que os seus bens sejam expropriados pelo Estado.

Em 26 de agosto, Delpino denunciou irregularidades nas eleições presidenciais venezuelanas e na proclamação de Nicolás Maduro como presidente eleito, processo rejeitado pela oposição e parte da comunidade internacional.

"As irregularidades ocorridas durante o processo eleitoral de 28 de julho de 2024 e os desafios antes e depois do dia das eleições resultaram numa perda de confiança na integridade do processo e nos resultados anunciados", afirmou Delpino em comunicado.

Explicou que no dia das eleições, o processo decorreu com relativamente poucos incidentes até às 17h00 locais, quando a afluência às urnas rondava entre 60% e 65%, mas "após o encerramento das assembleias de voto, foi evidente uma violação das regras e regulamentos essenciais quando se reportaram incidentes de afastamento de testemunhas da oposição (...) o que constituiu uma violação direta dos princípios de equidade e do direito dos eleitores a ter acesso às atas, comprometendo a legitimidade do processo".

Por outro lado, manifestou discordar também da não publicação atempada dos resultados, quadro a quadro, como habitualmente, no prazo de 48 horas, e o incumprimento de outros processos que afetaram a confiança e geraram incerteza.

A Venezuela realizou eleições presidenciais a 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirmou que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.

Ler artigo completo