Passe Ferroviário “não terá impacto significativo nas finanças da CP”, garante administração

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Valor compensatório de quase 19 milhões de euros é considerado suficiente para cobrir o plano. Administração diz não compreender em que dados se baseia a Comissão e Trabalhadores.

Na sequência posição da Comissão de Trabalhadores da CP – Comboios de Portugal, sobre o Passe Ferroviário Verde, a administração da companhia divulgou uma resposta em que se diz surpresa, repudiando as declarações feitas, “em particular pelas considerações que sugerem que esta iniciativa pode ter um impacto negativo significativo nas finanças da empresa”.

Primeiramente, diz a administração da CP, “não compreendemos em que se baseia a Comissão de Trabalhadores para fazer tais afirmações. O valor de 18,9 milhões de euros mencionado foi rigorosamente calculado pelos serviços comerciais e financeiros da CP, que trabalharam de forma dedicada para desenvolver este novo passe, de acordo com os melhores padrões de análise e planeamento. É inadmissível que a Comissão de Trabalhadores se permita vir a público desrespeitar e pôr em causa a competência e o profissionalismo dos trabalhadores, passando um atestado de incompetência a todos os que se dedicaram a este projeto com empenho e rigor”.

A administração reconhece que “a CP necessita de mais material circulante, motivo pelo qual estamos a realizar a maior aquisição de comboios da história da empresa. Contudo, a Comissão de Trabalhadores parece ignorar um dado crucial: a disponibilidade de material circulante é hoje significativamente maior do que há três anos, graças ao esforço e à dedicação dos trabalhadores das oficinas, que têm reparado e devolvido à rede dezenas de carruagens e locomotivas. É esse esforço diário, daqueles que a Comissão de Trabalhadores tenta desvalorizar, que permitiu à CP atingir o maior número de passageiros dos últimos 25 anos”.

A missão da CP enquanto operador de transporte público nacional, é, segundo a nota oficial, “promover a mobilidade sustentável e a coesão territorial. Com a implementação do Passe Ferroviário Verde, estamos a reforçar o nosso compromisso com a mobilidade verde, incentivando cada vez mais cidadãos a optar pelo transporte ferroviário. O impacto ambiental positivo deste esforço beneficia todo o país e contribui para um futuro mais sustentável. Além disso, queremos sublinhar que a CP será compensada pelo Estado para prestar este serviço, garantindo que esta medida não compromete a sustentabilidade financeira da empresa”.

“Repudiamos veementemente as declarações da Comissão de Trabalhadores, que carecem de fundamento e revelam um desconhecimento profundo sobre as contas e operações da CP. As afirmações proferidas, ao tentarem descredibilizar a implementação do Passe Ferroviário Verde, não só desconsideram o trabalho de inúmeros colegas, como também passam uma imagem infundada de falta de profissionalismo e responsabilidade desta Administração”.

“Não podemos aceitar que a Comissão de Trabalhadores distorça a realidade e questione a integridade dos nossos trabalhadores e da Administração, comprometendo a imagem pública e a missão da CP, que é promover um transporte público de qualidade, acessível e sustentável para todos os cidadãos”, conclui o comunicado.

Recorde-se que a Comissão de Trabalhadores disse que a compensação prevista pelo Governo, de 18,9 milhões de euros, para compensar a operadora pelo novo passe ferroviário verde “não será suficiente para assegurar a oferta”. Num comunicado sobre a criação deste título, que vai custar 20 euros mensais e sobre o restante pacote de mobilidade anunciado na semana passada, a CT diz que a compensação anunciada não “esclarece se dará lugar a um aditamento ao Contrato de Serviço Público (CSP) celebrado entre o Estado e a CP”.

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