Passe Ferroviário Verde. "Vai haver pressão. É um bom sinal", diz ministro

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21 out, 2024 - 10:48

No dia da entrada em vigor do Passe Ferroviário Verde, o ministro das Infraestruturas reconhece que “vai haver pressão” do lado da procura, e que isso será um bom sinal para a ferrovia portuguesa. E assegurou que a CP “será ressarcida até ao último cêntimo daquilo que hipoteticamente possa vir a perder”.

“A partir de agora a procura vai aumentar”, garante o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, que esta manhã, na estação de Santa Apolónia, em Lisboa, comprou o Passe Ferroviário Verde, o novo título de transporte de 20 euros por mês.

De acordo com o ministro, os estudos realizados pela CP estimam que a medida abranja quase 30 milhões de passageiros no prazo de um ano.

Ainda assim, Pinto Luz considera “legítimas” as dúvidas da comissão de trabalhadores da CP quanto à capacidade da empresa de responder a um aumento exponencial na procura por este título de transporte. Reitera, contudo, que “a CP será ressarcida até ao último cêntimo daquilo que hipoteticamente poderá vir a perder".

"Até pode vir a ganhar se aumentarmos a base de pagantes, se mais portugueses comprarem o passe", completa.

Certo é que o Governo anunciou a compensação da CP em 18,9 milhões de euros anuais, via contrato de serviço público com o Estado, pela perda de receita que vai ter com a entrada em vigor do Passe Ferroviário Verde. Um valor que a Comissão de Trabalhadores considera insuficiente, ainda que tenha sido "calculado pelos serviços comerciais e financeiros", como garantiu Miguel Pinto Luz, para quem o essencial é que haja mais pessoas a andar de comboio e menos de autocarro.

E para garantir mais comboios, caso se confirme um aumento de procura pelo transporte ferroviário, o governo está a envidar todos os esforços para debloquear o processo litigioso que impede a aquisição de composições ferroviárias.

"Tínhamos o maior concurso público para a aquisição de comboios - que já vem do anterior governo, e por isso, o seu a seu dono". Ao todo 117 comboios novos, que estão parados em tribunal "devido a uma litigância que já dura há mais de um ano".

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