Portugal caiu nos quartos de final do Campeonato da Europa, nas grandes penalidades, frente à França. Ainda assim, os melhores jogadores da noite em Hamburgo vestiram as cores da seleção lusitana.
Impensável não o ter em campo
Mais uma aula de doutoramento na modalidade de futebol. Tudo o que o médio faz tem lógica e inteligência, aceleração com os pés e com a cabeça. Se Portugal teve, quase sempre, o jogo controlado e a bola na sua posse foi porque Vitinha pautou os ritmos e ditou o caminho. Um predestinado. Só não se entende porque não jogou os 120 minutos frente à Eslovénia.
Se havia dúvidas...
Levou cartão amarelo e acabou por sair sem cumprir os 120 minutos, mas enquanto esteve em campo roçou a perfeição. É o proprietário de uma vasta zona de terreno em campo que trata como ninguém, permitindo que quem o acompanha jogue sem outras preocupações que não as suas. Palhinha é um «varredor» com pés de organizador, tornando-o riquíssimo para qualquer equipa.
As tuas lágrimas são as nossas
Não precisa de fazer um jogo perfeito para ser decisivo. Os 41 anos já lhe tiram alguma "limpeza" na forma como enfrenta os adversários, mas não lhe tira a brutal capacidade de compensar com tudo o resto. Viril e intenso, assinou vários cortes de importância relevada ao longo dos 120 minutos perante avançados velozes e imprevisíveis. Hoje choramos juntos, patrão.
Líder natural
Se Pepe foi destaque pelos vários lances de assinatura que proporcionou, o mérito também deve ser partilhado com o parceiro do lado. Rúben Dias é o capitão natural desta equipa, pelo que lidera e pelo que representa. Não perdeu um duelo e obrigou os franceses a procurar caminhos alternativos. Por ali, pouco ou nada passa.
A serenidade de um gigante
Depois da noite mágica de Frankfurt, o guarda-redes da seleção nacional acabou por não viver as mesmas sensações em Hamburgo. Ainda assim, Diogo Costa provou - definitivamente - que é um porto seguro na baliza portuguesa. No período em que a França teve algum ascendente e criou oportunidades, mostrou-se sereno, seguro e confiante. Foi também nessa postura que Portugal rapidamente voltou a estar por cima.
Se aquela bola...
Fez um grande Europeu. E isto resumiria a noite de Nuno Mendes. Abanou durante breves minutos, mas no geral foi o jogador que apareceu na Alemanha desde o dia 1. Seguro a defender, foi nas acelerações ofensivas que teve momentos de destaque. Quando arranca, é quase impossível travá-lo. E na noite de Hamburgo, podia ter sido o herói supremo, mas o remate, aos 120 minutos, acabou nas mãos de Maignan.
Só por ali tremeu Portugal
Apetece dizer, do ponto de vista português, que estava bem no banco. Assim que entrou, Dembélé mexeu com o jogo - até então apático e previsível - da França, criando em poucos minutos um par de ocasiões de perigo para o conjunto gaulês. Só por ali cresceu a sensação que a França podia fazer estragos em jogo corrido.
Só por ali tremeu Portugal
Apetece dizer, do ponto de vista português, que estava bem no banco. Assim que entrou, Dembélé mexeu com o jogo - até então apático e previsível - da França, criando em poucos minutos um par de ocasiões de perigo para o conjunto gaulês. Só por ali cresceu a sensação que a França podia fazer estragos em jogo corrido.
Ao melhor nível
Tal como frente à Eslovénia, João Cancelo esteve em evidência. Desde logo, porque defendeu de forma rigorosa e quase irrepreensível, soltando-se depois para os desequilíbrios ofensivos. Aos 61 minutos, deixou uma bola «redondinha» para Bruno Fernandes, precisamente depois de um dos seus movimentos característicos em jogo interior.
Sem rasgo nem genialidade
É um dos nomes de peso da seleção francesa, mas a noite de Griezmann foi um apagão total. Não criou, não «inventou» nem foi fonte de inspiração para os colegas à volta dele. Saiu aos 67 minutos para ceder o lugar a Dembélé e Deschamps só terá ficado descontente por não ter feito a alteração mais cedo.
Tem o mundo a seus pés, mas...
Que Mbappé é, já agora, um dos melhores jogadores do mundo ninguém questiona. E, também por isso, a cobrança faz-se na medida do seu estatuto, pelo que a exibição perante Portugal entra diretamente para a categoria das menos conseguidas. Esteve sempre bem guardado pelos homens de vermelho e só uma vez logrou uma finalização com perigo. A máscara perturba, mas não desculpa.