Paulo Pereira: «Na 1.ª parte parecia que estávamos a jogar a feijões, mas na 2.ª já estávamos no Europeu»

8 meses atrás 70

Portugal arrancou esta quinta-feira o Campeonato da Europa de andebol com um triunfo sobre a Grécia, por 31-24, no Grupo F. No final da partida, o selecionador nacional Paulo Jorge Pereira salientou a diferença do comportamento dos seus jogadores da primeira para a segunda parte e do encontro e como essa alteração teve um forte impacto no resultado final.

"Na primeira parte, não éramos nós, e, na segunda, éramos nós. Parece que na primeira parte, estávamos a jogar a feijões e, na segunda, já estávamos no Campeonato da Europa. Começámos a defender, a controlar o tempo de ataque e a encontrar soluções. É o primeiro jogo. É sempre para aferir um pouco como estamos e, de facto, na primeira parte, não estávamos e, na segunda, pudemos fazer coisas muito interessantes", disse o técnico, após a partida disputada na Alemanha.

Já Rui Silva, internacional português, sublinhou a boa reta final da equipa das quinas. "Sabíamos que o primeiro jogo do Europeu era o mais complicado. Sabíamos que éramos favoritos, mas levámos um bocadinho a entrar no ritmo do jogo e, depois, conseguimos passar para a frente. Nos últimos 18 minutos mostrámos um bocado do nosso nível, conseguimos superar as dificuldades, conseguimos alcançar uma boa vitória e agora venha a República Checa", atirou, enquanto que Salvador Salvador salientou a importância do desconto de tempo pedido pelo selecionador após uma entrada "apática" no segundo tempo: "Acho que foi uma boa entrada. Entrámos com o pé direito. Tivemos uma boa primeira parte, mas eles também entraram bem, corriam muito e apanharam-nos no contra-ataque. No início da segunda parte, entrámos mais apáticos e eles igualaram o jogo. O 'time out' fez-nos bem, viemos com mais energia e mais compactos na defesa, o [Gustavo] Capdeville ajudou-nos muito e, felizmente, conseguimos a vitória".

Francisco Costa, o melhor marcador de Portugal na partida, com seis golos, elogiou a prestação de Capdeville entre os postes, ele que iniciou o jogo no banco de suplentes e entrou para o lugar do jovem Rêma na segunda parte. "O início [de um Europeu] é sempre complicado. Tivemos alguma dificuldade em desbloquear o jogo, mas na segunda parte conseguimos. O [Gustavo] Capdeville esteve incrível, defendeu algumas bolas que, para nós, foram muito importantes, e conseguimos distanciar-nos deles. Agora, só temos que pensar na República Checa e seguir em frente", disse.

Leonel Fernandes voltou a sublinhar as palavras do selecionador. "Não entrámos da melhor maneira. Sentimos algumas dificuldades na defesa e tivemos algumas precipitações no ataque. Na segunda parte, senti que entrámos com outra atitude, que facilitou a provocação de erros na defesa da Grécia, e começámos a resolver o jogo. Acho que foi positivo e vamos daqui com uma boa sensação para o próximo jogo", acrescentou, antes de Luís Frade terminar com novo elogio ao guarda-redes Capdeville. "Foi um jogo complicado. O primeiro jogo é sempre complicado de jogar. A Grécia é uma equipa que, se a deixamos pensar que pode estar no jogo, vai lutar até ao fim e foi o que aconteceu. Tivemos uma chamada diarreia mental na segunda parte e eles conseguiram empatar o jogo. Depois, estivemos muito bem na baliza, na segunda parte, com o Cap [Gustavo Capdeville] a sacar umas cinco ou seis bolas seguidas, que nos deu para matar o jogo. Temos que tirar as nossas ilações e as coisas positivas para o próximo jogo com a República Checa".

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