Quatro meses depois de ter regressado ao parlamento, o CDS vai reunir três antigos líderes do partido nas jornadas parlamentares, Manuel Monteiro, Paulo Portas e José Ribeiro e Castro.
Na véspera do debate do Estado da Nação, o CDS que elegeu dois deputados integrado na coligação com o PSD, dedica as jornadas parlamentares desta segunda e terça-feira ao debate sobre a defesa e a segurança interna, as duas áreas que o CDS ocupa no governo. A formação das novas gerações e a história dos 50 anos do CDS vão também ser tema dos trabalhos que vão ocorrer esta segunda e terça-feira na assembleia da república.
Na sessão de abertura, para além do líder parlamentar Paulo Núncio, o CDS conta também com a presença do ministro dos assuntos parlamentares, Pedro Duarte.
Ainda na manhã de segunda-feira, e depois de um painel sobre o futuro das novas gerações, onde participa o líder da Juventude Popular, Francisco Camacho, o antigo líder do CDS Manuel Monteiro e atual presidente do Instituto Amaro da Costa vai falar sobre a importância do IDL na formação política das novas gerações. Manuel Monteiro esteve recentemente no congresso do partido em Viseu e pediu ao CDS para não abdicar da sua ideologia e da sua identidade, numa altura em que está coligado com o PSD.
Paulo Portas regressa ao parlamento na terça-feira de manhã, mas para falar sobre geopolítica, que tem sido a sua área de análise na TVI nos últimos anos. O antigo líder do partido e antigo ministro da defesa nacional e dos negócios estrangeiros volta assim a estar presente numa iniciativa partidária, depois de ter participado na Convenção por Portugal que a Aliança Democrática realizou no início deste ano no Estoril, em vésperas de eleições legislativas.
Na Convenção Paulo Portas disse que a sua presença era como "um ato de cidadania livre e um dever de consciência": "O meu contributo aqui é apenas o de tentar ordenar ideias para ajudar a ordenar as escolhas".
E depois de muitas críticas ao PS, a António Costa e a Pedro Nuno Santos, o antigo líder do CDS deixou orientações para a campanha eleitoral.
"Os dois polos beneficiam mutuamente desta tenaz virtual. Eu sugiro, como aliás tem sido feito, que a coligação oponha a essa tenaz virtual a bipolarização entre dois projetos de governo, a bipolarização nunca foi radicalização, mas a clarificação de opções, porque há dois modelos para governar Portugal e um está muito deteriorado", sustentou Paulo Portas na convenção no Estoril que se realizou em janeiro.
Apesar de ter apenas dois deputados, o CDS tem programa completo nas jornadas parlamentares que se realizam na Assembleia da República.
José Ribeiro e Castro, Cecília Meireles, Nuno Magalhães e Luis Pedro Mota Soares integram o painel que vai discutir na segunda-feira à tarde a história dos 50 anos do CDS no parlamento.
A segurança interna é o note para outro debate que conta com a presença de Telmo Correia, secretário de estado da Administração interna, com o deputado Joao Almeida. No dia seguinte Álvaro castelo Branco, o secretário de estado adjunto e da defesa nacional participa no debate sobre “os desafios da defesa numa europa em conflito” que conta também com o antigo deputado Joao Rebelo e com o professor da Universidade Católica Francisco Proença Garcia.
Nuno Melo, o líder do partido e ministro da defesa encerra as jornadas parlamentares do partido que regressou à assembleia da república nesta legislatura.