Paulo Portas: Se 2024 “tiver menos imprevisibilidade do que 2023, já é um progresso”

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A ideia foi defendida na quinta-feira durante o evento “Geoestratégia do Mundo”, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), com o vice-presidente da entidade a defender que, se o presente ano “tiver menos  imprevisibilidade do que 2023, já é um progresso”.

Paulo Portas alertou para a importância de se “aprender a navegar na imprevisibilidade” perante os desafiantes contextos de instabilidade financeira e geopolítica. A ideia foi defendida na quinta-feira durante o evento “Geoestratégia do Mundo”, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), com o vice-presidente da entidade a defender que, se o presente ano “tiver menos  imprevisibilidade do que 2023, já é um progresso”.

Sobre o panorama económico global do ano que passou, o antigo dirigente do CDS recordou o cenário “recuperação”, ainda que “não espetacular”. O caso norte-americano foi classificado “como a grande lição do ano” em termos económicos, com um crescimento que pode chegar aos 2,5%. “Absolutamente extraordinário”, foram as palavras utilizadas por Paulo Portas para tendo em conta que a maioria das previsões davam conta de que o país poderia entrar em estagflação, recorda uma nota da CCIP enviada hoje à imprensa.

Passando à principal concorrente económica dos EUA, Paulo Portas comentou o fraco crescimento (cerca de 5,2%) da economia da China. Sobre a importância daquele mercado para Portugal, o político rejeita um cenário de desconsideração da China entre os mercados internacionais de destino às empresas portuguesas. “Não é boa ideia. Mas, atenção, há um problema sério com o imobiliário, com a empregabilidade jovem nas grandes cidades, com a dívida pública e com a atração de investimento estrangeiro”, acrescentou.

Quanto às economias vizinhas, geograficamente, de Portugal, Portas alertou que, “quando a Alemanha contrai é difícil que a Europa tenha um ano luminoso”, recordando a confirmação da recessão na Alemanha, cenário entretanto afastado para outras economias.

“Para 2024 deixa duas preocupações: o “risco real” de fragmentação na geoeconomia com a aceitação da ideia, especialmente no sector tecnológico, de que “não se pode fazer negócios com os clientes e só se pode fazer negócios com os nossos aliados” e a influência da Inteligência Artificial no ano eleitoral é também um motivo de alerta: “O poder do algoritmo é colocar todos contra todos””, destaca a CCIP no mesmo comunicado.

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