Abusos na Igreja
06 mar, 2023 - 16:50 • Susana Madureira Martins
Os comunistas consideram que "é possível" a Igreja Católica tomar "medidas preventivas e administrativas que, até conclusões judiciais e canónicas, permitam retirar os presumíveis abusadores da vida pública".
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Três dias depois da conferência de imprensa da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), em Fátima, para o anúncio de medidas sobre os abusos sexuais na Igreja Católica, o PCP vem tomar posição para dizer que as conclusões dos bispos "sobre os trabalhos da Comissão Independente não correspondem à gravidade da situação".
Em comunicado, o PCP refere a "dimensão do problema" e as "expectativas existentes" na sociedade para defender que é possível a Igreja Católica, no seu funcionamento, tomar medidas preventivas e administrativas".
Os comunistas consideram assim que a Igreja Católica pode agir permitindo "retirar os presumíveis abusadores da vida pública e do inevitável alarme social que isso motivaria".
Na nota enviada às redações, o PCP refere que essa ação da Conferência Episcopal pode surgir até que "conclusões judiciais e canónicas" sejam tomadas e "independentemente das decisões judiciais que a situação imponha".
Uma tomada de posição que o partido liderado por Paulo Raimundo faz questão de dizer que surge "com respeito" pela "independência" da Igreja Católica e que surge à boleia do que "muitos católicos e mesmo padres" têm dito, segundo o PCP.