PCP questiona ministra do Trabalho sobre recurso ao lay-off pela empresa Autoeuropa

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Segundo o PCP “as razões apresentadas pela empresa para a interrupção do processo produtivo são a realização de obras com vista a adequar a empresa a futuras produções e à descabonização do processo produtivo. Isto é, a empresa pretende recorrer ao “lay-off” para a concretização de invstimentos programados, o que dificilmente terá cabimento no âmbito no lay off”.

O PCP enviou uma questão, esta segunda-feira, para a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, sobre o recurso ao lay-off pela empresa Autoeuropa.

“A Autoeuropa, empresa do grupo Volkswagen, um dos maiores grupos multinacionais do ramo automóvel a nível mundial, que tem beneficiado de inúmeros apoios públicos ao seu funcionamento, volta de novo abusivamente a recorrer ao mecanismo do lay-off, por decisões da própria empresa e não por algum imprevisto que tenha ocorrido”, sublinhou o partido liderado por Paulo Raimundo.

Segundo o PCP, “as razões apresentadas pela empresa para a interrupção do processo produtivo são a realização de obras com vista a adequar a empresa a futuras produções e à descarbonização do processo produtivo. Isto é, a empresa pretende recorrer ao lay-off para a concretização de investimentos programados, o que dificilmente terá cabimento no âmbito no lay-off“.

Para os comunistas, “o problema que hoje se coloca de novo, é se as entidades públicas estão disponíveis e de acordo com mais um esbulho de recursos da Segurança Social Pública a favor dos grupos económicos como se tem vindo a verificar de forma crescente”.

Como tal, o PCP perguntou à ministra “que diligências vai o Governo tomar para assegurar o cumprimento dos critérios para aplicação do lay-off, assim como a fiscalização, para evitar a sua utilização abusiva”.

Além disso, o partido pretende saber “que medidas pretende o Governo tomar para garantir a salvaguarda dos direitos e dos postos de trabalho de todos os trabalhadores da Autoeuropa e de empresas fornecedoras da Autoeuropa, e que serão afetadas por esta decisão”.

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