Pedro Caixinha: «Há muitos adjuntos com perfil de treinadores principais»

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No segundo dia da sexta edição do Fórum Internacional da Quarentena da Bola - espaço de debate criado por Rémulo Marques, antigo jornalista e diretor desportivo com passagens por Boavista, Fafe, FC Zimbru, Leixões e Camacha -, a terceira sessão do dia ficou marcada pela palestra de Pedro Caixinha, técnico do Red Bull Bragantino.

Com a presença exclusiva do zerozero como media partner, o treinador português, numa primeira parte, dissecou o modelo de jogo do Bragantino e abordou, de forma profunda, sobre o projeto do Red Bull.

«Dentro do estilo de jogo da Red Bull, os comportamento têm de estar sempre presentes na base da pirâmide. O Leipzig, o New York e o Salzburg têm diferentes formas de jogar, mas há aspetos inegociáveis. Temos todos uma filosofia de ataque: quando temos a bola, atacamos a baliza, quando não temos, atacamos a bola», começou por explanar.

Questionado sobre um eventual regresso a Portugal/continente europeu, Caixinha assumiu que prefere «valorizar onde está», identificando um episódio do passado que ratifica o seu pensamento.

«Não me dei bem no meu terceiro ano no México, depois de termos conquistado vários troféus. Estava a pensar mais num regresso à Europa do que em evoluir. Isto, para dizer que estou muito contente aqui [no Brasil] e quero crescer ao máximo na cultura de jogo e num projeto como o Red Bull», atirou.

Sobre os desafios na transição entre um técnico adjunto e técnico principal - casos cada vez mais recorrentes no futebol como se verificou, mais recentemente, no FC Porto -, Pedro Caixinha falou da sua experiência e relembrou uma história com Peseiro.

«Nem todos os adjuntos têm perfil de técnicos principais. Mas há muitos adjuntos com perfil de treinadores principais. Apenas treinei com o José Peseiro, que sempre me deu liberdade e espaço de progressão. Lembro-me de quando cheguei ao Sporting, uma das coisas que lhe disse é que queria ser treinador principal. Até lá, também lhe disse que poderia contar comigo para tudo. Espero lealdade, competência e espírito de missão da minha equipa técnica», finalizou.

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