Pedro Nuno pergunta a Montenegro se desistiu de cenário macroeconómico

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"O cenário macroeconómico do PSD, para já, eclipsou-se, não existe. O cenário que usou na campanha para vencer as eleições não está no Programa do Governo e como já toda a gente percebeu não estará também refletido no programa de estabilidade que vai apresentar na próxima semana", criticou Pedro Nuno Santos Durante debate do Programa do Governo, que decorre hoje e sexta-feira no parlamento.

O líder do PS começou por perguntar a Luís Montenegro se tinha desistido do cenário macroeconómico que suportou o programa da AD em campanha eleitoral.

"Se não desistiu, o que é que fará se as previsões económicas inscritas no cenário que não têm adesão em nenhuma agência internacional não se verificarem? Onde é que vai cortar se aquelas taxas de crescimento não se concretizarem?", questionou.

Pretendo saber o que fará o primeiro-ministro se o cenário "irrealista que apresentou na campanha não se concretizar ao longo dos próximos tempos", Pedro Nuno Santos deixou um aviso ao executivo PSD/CDS-PP.

"Pode contar connosco para defender o regime, para defender o estado de direito democrático, em matéria externa, europeia, de defesa, não contará connosco para deslocar e transferir rendimentos da classe média para quem não precisa deles ou para iniciar desmantelamento do estado social", enfatizou.

Na resposta, Luís Montenegro considerou que "não vale a pena sonhar com fantasmas".

"O cenário macroeconómico não desapareceu e virá ao parlamento para o vosso juízo também", assegurou.

O executivo, segundo o primeiro-ministro, mantém a expectativa que, "com as mudanças políticas que vão empreender", será possível "colocar Portugal numa rota de crescimento económico que possa desembocar no final da legislatura numa taxa de crescimento da nossa económica perto ou até superior a 3,5%"

"É este o nosso objetivo. Bem sei que o PS não tem este grau de confiança e que no cenário macro queria atingir em 2028 um crescimento da economia de apenas 2%", atirou.

Montenegro prometeu mostrar a Pedro Nuno Santos que "virar a página do empobrecimento, ter políticas fiscais e económicas direcionadas ao investimento, à criação de riqueza vão trazer um ciclo virtuoso, duradouro de crescimento económico".

"Será a base para podermos salvar o estado social que os senhores deixaram num estado dificílimo", prometeu.

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