Secretário-geral do PS assitiu à antestreia do filme "Soares é fixe", tal como António Costa, outros ministros, e os filhos do antigo Presidente, João e Isabel Soares.
▲O secretário-geral do PS referiu depois que Mário Soares "foi a figura central deste Portugal democrático"
ESTELA SILVA/LUSA
▲O secretário-geral do PS referiu depois que Mário Soares "foi a figura central deste Portugal democrático"
ESTELA SILVA/LUSA
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O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, prometeu esta quinta-feira defender as conquistas políticas do antigo Presidente da República Mário Soares, enquanto o conselheiro de Estado Manuel Alegre manifestou-se preocupado com sinais de crescimento da extrema-direita em Portugal.
Estas posições foram transmitidas à entrada para a antestreia do filme “Soares é fixe”, no Centro Cultural de Belém (CCB), à qual também assistiu o primeiro-ministro, António Costa, assim como vários membros do seu governo, e os filhos do antigo chefe de Estado João e Isabel Soares.
“Mário Soares é o socialista número um, é o nosso maior, é a minha referência política e um dos maiores da História do nosso país e do património do partido que lidero. Temos por ele uma profunda admiração e respeito“, declarou Pedro Nuno Santos à chegada ao CCB, acompanhado pelo presidente honorário do seu partido, Manuel Alegre.
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O secretário-geral do PS referiu depois que Mário Soares “foi a figura central deste Portugal democrático”. “Temos de avançar, mas temos também de defender as conquistas destes últimos 50 anos. Mário Soares foi um dos responsáveis pela construção de um país, nestes últimos 50 anos, em que todos contamos”, sustentou o atual secretário-geral do PS.
Pedro Nuno Santos destacou depois “construções” da democracia portuguesa como o Serviço Nacional de Saúde e a escola pública. “Mário Soares teve um papel muito importante na construção da nossa democracia e na adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia”, completou.
Já Manuel Alegre, apesar de ter sido interrogado sobre a forma como viveu a segunda volta das eleições presidenciais de 1986, em que Mário Soares derrotou Freitas do Amaral, preferiu falar sobre a atual realidade política.
“Fico triste que, 50 anos depois [do 25 de Abril], estamos a assistir à extrema-direita a crescer, com resultados altos em sondagens e muitos dos jovens a votarem à direita. Temos de reconhecer que algo falhou na pedagogia democrática de todos nós que fizemos o 25 de Abril”, declarou.
António Costa cumprimentou Pedro Nuno Santos perante os jornalistas e, depois, foi breve nas declarações que proferiu, referindo-se apenas ao combate travado entre Mário Soares e Freitas do Amaral nas eleições presidenciais de 1986. “A campanha das presidenciais de 1986 foi a mais decisiva. Foi a campanha eleitoral mais renhida. Felizmente, acabou bastante bem”, disse.
No ano em que se comemora o centenário do nascimento do fundador e primeiro líder do PS, antigo primeiro-ministro (1976/1978) e Presidente da República entre 1986 e 1996, “Soares é fixe” é o primeiro filme de ficção sobre o antigo chefe de Estado, foi realizado por Sérgio Graciano e chega aos cinemas no próximo dia 22.
O argumento do filme é de João Lacerda Matos e conta com Tónan Quinto no papel de Mário Soares, com Maria Cardeal (Maria Barroso), Tiago Fernandes (Freitas do Amaral), Miguel Mateus (João Soares) e Tiago Correia (Marcelo Rebelo de Sousa).
Na antestreia, estiveram presentes as ministras da Presidência, Mariana Vieira da Silva, da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, da Defesa, Helena Carreiras, da Ciência e Ensino Superior, Elvira Fortunato, o presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, a dirigente do PSD Margarida Balseiro Lopes e o cantor Tony Carreira.