"Uma palavra muito forte às Forças Armadas em Portugal, e dizer às Forças Armadas que não é por eles não se manifestarem que nos esquecemos deles", afirmou Pedro Nuno Santos.
E garantiu: "nós nunca nos esqueceremos das Forças Armadas em Portugal, nunca".
O secretário-geral do PS apresentou hoje, em Lisboa, o programa eleitoral com os que os socialistas se apresentam às eleições legislativas de 10 de março, denominado "Plano de ação para Portugal inteiro".
Pedro Nuno Santos destacou que Portugal é "um país respeitado em muitos palcos de guerra" e é "respeitado no mundo".
No que toca à Defesa, os socialistas propõem aprovar uma Lei de Programação de Efetivos para as Forças Armadas, que garanta "os recursos necessários, num quadro plurianual de reforço do recrutamento e incorporação de pessoal, para normalização do número mínimo de efetivos estipulado por lei", uma maior execução da Lei de Programação Militar e criar um mecanismo anual extraordinário para reforço de meios e equipamentos militares, "dotado de uma verba anualmente estipulada em Orçamento do Estado".
O PS propõe ainda "valorizar a carreira dos militares das Forças Armadas", alargar os incentivos à prestação do serviço militar, melhorar as instalações militares e aumentar as condições de habitabilidade dos edifícios das Forças Armadas, mais mecanismos de apoio às famílias militares, por forma a "assegurar uma melhor conciliação entre a vida pessoal, profissional e familiar", e ainda "revisitar o Estatuto do Antigo Combatente" e "valorizar as pensões dos deficientes militares".
Num discurso que durou uma hora e meia, Pedro Nuno Santos dirigiu-se também às forças de segurança para deixar "uma palavra de respeito a quem trata e cuida da segurança interna".
"Todos os dias estaremos com eles, a segurança é um valor importante para nós, nós levamos a sério a segurança do nosso povo. Nós queremos que as forças de segurança tenham a certeza que serão sempre respeitadas, dignificadas pelo PS, nós cuidamos, respeitamos e valorizamos o trabalho deles em prol da defesa da segurança do nosso povo", garantiu.
No entanto, o secretário-geral do PS não se referiu às reivindicações dos agentes da PSP e militares da GNR, que exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.
No programa eleitoral, o PS compromete-se a "desencadear negociações imediatas com as associações sindicais e profissionais representativas das forças de segurança no âmbito de um plano concertado de revisão das carreiras com vista à valorização salarial e ao reforço da dignidade da condição policial, em especial para as funções que comportam risco e penosidade, por forma a garantir um tratamento equitativo entre funções e atividades semelhantes".
Ainda no que toca à valorização destes profissionais, os socialistas propõem "assegurar condições aos profissionais deslocados, através de apoios ao alojamento e das suas famílias", implementar um plano plurianual de admissões nas forças e serviços de segurança, e "continuar o aprofundamento dos processos de formação inicial e ao longo das carreiras".
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