Pedro Nuno Santos apoia o pacto entre o PS Madeira e o Juntos Pelo Povo e garante que não interferiu na decisão de Paulo Cafofo.
Em declarações aos jornalistas, esta segunda-feira, à margem de uma ação de campanha dos socialistas para as eleições europeias, o líder do PS defendeu que, em legislativas, sejam elas nacionais ou regionais, pode governar quem conseguir formar maiorias parlamentares – e não o partido que teve mais votos.
“Como já expliquei, numa autarquia, é presidente de câmara quem tem mais um voto. Numa democracia parlamentar, seja no quadro da República ou no quadro regional, não é assim. Ganha quem consegue mais representação parlamentar e essa representação parlamentar é construída através de acordos”, frisou Pedro Nuno Santos.O secretário-geral do PS fez questão de lembrar, a título de exemplo, que, na Assembleia da República, os socialistas têm “os mesmos deputados que o PSD, que tem uma aliança com outro grupo parlamentar que tem dois deputados” - e que, por isso, governa.
“Nós temos é de olhar para as discussões e para a dialética parlamentar da forma que ela está já prevista na Constituição da República Portuguesa, e como funciona em toda a Europa”, sublinhou.Nas eleições regionais do último domingo, o PSD/Madeira voltou a vencer e a não conseguir maioria, elegendo apenas 19 deputados (faltando-lhe cinco para chegar à maioria absoluta).
Já esta segunda-feira, o PS e o JPP anunciaram que vão aliar-se e apresentar uma proposta de solução de governo alternativa ao representante da República na Madeira. Juntos, os dois partidos têm 20 mandatos, conseguindo mais deputados do que os sociais-democratas.