17 jul, 2024 - 10:02 • Cristina Nascimento , João Carlos Malta
Secretário-geral do Partido Socialista questionou duas vezes Luis Montenegro sobre qual é a visão estratégica do Governo para a economia portuguesa.
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O secretário-geral do PS considera que Luís Montenegro precisa de ser “mais humildade”, depois de uma intervenção no Parlamento que classifica de ter sido arrogante e pouco própria de um primeiro-ministro.
“Lamento profundamente a arrogância desta intervenção. Nós não ouvimos a intervenção de um primeiro-ministro, mas sim de um líder político em combate com o Parlamento, em combate com o país”, começou por dizer Pedro Nuno Santos. Na sua primeira intervenção no debate do Estado da Nação, o líder do PS acrescentou que “ a derrotas nas europeias e nas sondagens devia exigir mais humildade”. Depois de críticas iniciais, o líder do PS virou o discurso para a economia, questionando duas vezes o primeiro-ministro sobre “qual é a sua visão estratégica para a economia portuguesa”. Pedro Nuno Santos acusa o Governo de apenas ter medidas económicas para o turismo e que não há ideias conhecidas sobre outros setores da economia. O líder do PS terminou a intervenção criticando o corte do IRC previsto pelo Governo, considerando que é uma medida “errada, injusta e ineficaz ” e questionou Montenegro sobre se está disponível “para repensar com o PS a estratégia e a política para o IRC”.
Montenegro contra-ataca
Na resposta a Pedro Nuno Santos, o primeiro-ministro lamentou que o socialista continua "a confundir lealdade politica com arrogância", "um equívoco que mantém na sua ação politica".
Montenegro considera que ouvir Pedro Nuno a pedir que seja humilde só pode ser ironia. O líder do Executivo diz esta a sê-lo apesar de "as sondagens serem tão boas para o primeiro-ministro".
Em relação às questões sobre o modelo económico feitas pelo líder do socialista, Montenegro quis dizer que o projeto do PS foi rejeitado do país e levou a que nos últimos anos, o crescimento médio tem sido de 0,5% do PIB.
Em relação à baixa do IRC, o primeiro-ministro considera que a mesma é fundamental para "as empresas poderem ter mais espaço para pagar melhores salários e mais inovação ".
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