Pedro Nuno Santos promete decisão e rumo disciplinado sem ruturas

4 meses atrás 48

Esta linha de atuação foi transmitida por Pedro Nuno Santos na intervenção com que encerrou o 24º Congresso Nacional do PS, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), em que não falou sobre política internacional, ou política europeia, nem de Defesa, segurança interna ou cultura.

Em matéria de ação governativa, o novo líder socialista passou sobretudo a mensagem de que pretende "avançar com convicção e com responsabilidade" na adoção de medidas em áreas em que o país apresenta problemas. Tudo com "visão e com previsibilidade, com ambição e estabilidade".

Mas, logo a seguir, deixou uma advertência: "Estabilidade não é inércia, não é paralisia, não é indecisão".

"Estabilidade é, antes, a capacidade de uma nova liderança manter um rumo disciplinado e em coerência com o passado e com os nossos valores, sem surpresas e sem ruturas", sustentou, fazendo mesmo nesta questão o contraponto com o PSD..

Tal como fez durante a campanha interna para a liderança do PS, o ex-ministro das Infraestruturas criticou a atuação dos sociais-democratas no processo que conduzirá à escolha de uma localização para o novo aeroporto de Lisboa.

"Curiosamente, a direita transformou a principal função de um político - tomar decisões - numa coisa negativa, errada, indesejada. Mas, é compreensível, para a direita, decidir representa um pesadelo", começou por apontar.

Para Pedro Nuno Santos, essa conceção que atribuiu à direita de indecisão política, "resulta do mantra que o mercado tudo resolve e da sua inexperiência e impreparação governativa".

"É por isso que, depois de oito anos na oposição, terão de estudar a solução para a alta velocidade (num país que já leva trinta anos de atraso em relação ao seu vizinho Espanha); depois de mais de 50 anos e 19 localizações, terão de criar um novo grupo de trabalho para estudar a localização de um aeroporto essencial para o desenvolvimento do país, para a sua adequada internacionalização", criticou.

Pelo contrário, segundo o secretário-geral, "Portugal não pode esperar".

"Queremos decidir, queremos avançar. Avançar é resolver os problemas e responder às legítimas ambições dos portugueses; avançar é modernizar o país, qualificar o emprego e tornar a economia mais sofisticada e mais diversificada; avançar é aumentar rendimentos e garantir justiça a quem trabalha e trabalhou toda uma vida; avançar é olhar os jovens nos olhos e dizer-lhes que o país tem futuro para eles", advogou. 

Terminou a sua intervenção no congresso com uma referência às eleições legislativas e com uma frase algo enigmática: "Dia 10 de março, vamos continuar a avançar, juntos porque sabemos que isolados e sozinhos não vamos a lado nenhum".

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