Pedro Proença: «Um clube acha que sozinho vale mais do que a Liga inteira»

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Os direitos televisivos têm sido uma das questões menos consensuais do futebol português na última década. Se a maioria dos dirigentes dos clubes da primeira divisão são a favor da centralização, dando mais verbas aos clubes de menor expressão, uma minoria tem defendido o modelo atual.

O Benfica tem sido o mais acérrimo defensor desse 'status quo', pois assinou em 2015 um contrato total de 400 milhões de euros com a NOS por dez anos dos direitos televisivos, a terminar em 2025/26. 

«O Benfica tem de ter presente uma ideia-chave: não pode, nunca, sair prejudicado da negociação centralizada», explicou Luís Mendes, então administrador da SAD benfiquista, em maio do ano passado, numa das últimas manifestações públicas da direção do clube sobre este tema. Rui Costa tem tido o mesmo discurso.

Agora, num almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal, esta quinta-feira, em Lisboa, o presidente da Liga de Clubes deixou uma indireta ao Benfica por essa tomada de posição. 

«Queremos internacionalizar a nossa Liga com os 306 jogos e não com 17 de um clube que acha que sozinho vale mais do que a Liga inteira. Só cinco clubes do Mundo podiam dar-se ao luxo de avançar sem as próprias Ligas e nenhum desses é português», afirmou Pedro Proença. 

Em final de mandato, o dirigente destacou ainda o progresso da Liga de Clubes, no que toca às finanças da entidade. «Quando chegámos à Liga, o cenário era negro. Anos consecutivos de contas negativas. Ausência de qualquer estratégia ou plano de negócio. Uma Liga, como apontou o estudo apresentado pela Delloite, em risco de falência técnica», disse. 

«Hoje temos uma Liga muito diferente daquela que encontrámos quando chegámos. Temos uma Liga em ascensão. Somos relevantes e respeitados fora de portas. Hoje temos uma Liga com contas positivas há nove anos consecutivos. Somos uma Liga altamente profissional, sólida e pujante», terminou o antigo árbitro.

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