O antigo ministro da Economia disse este domingo, no programa Conversa Capital, que a economia vai continuar a crescer o que permite crescer os salários e seguir em linha de convergência com a União Europeia.
O antigo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, vê a economia a crescer até acima do previsto pelo Governo e considera, por isso, que há capacidade para acomodar o aumento dos salários.
“A economia está comportar-se bem desde há vários anos e vai continuar”, afirmou, este domingo, aos microfones do programa Conversa Capital, entrevista conjunta da Antena1 e do Jornal de Negócios.
Considerou que Portugal destaca-se na OCDE como o país que, ao mesmo tempo, consegue fazer crescer os salários reais e fazer crescer a margem das empresas. Ou seja, tem “claramente capacidade para continuar a crescer os salários – esse é um movimento inevitável”, considerou, adiantando: “Vamos continuar a a assistir a uma convergência dos salários com a União Europeia, que é o espaço em que nos inserimos”.
Tendo em conta a margem de crescimento da economia, a convicção do antigo ministro da Economia de António Costa é de que o Orçamento do Estado para 2025 “vai ter capacidade de acomodar” muitas das medidas do Governo de Luís Montenegro. A questão seguinte é a de saber se as escolhas que estão a ser feitas são as mais corretas do ponto de vista dos objetivos do país, o que nos leva a coisas como a política fiscal, referiu. Em concreto, adiantou que em matéria de IRC há margem para reduzir o imposto sobre as empresas, mas diz que essa não é a melhor opção para a política económica do país.
Também considerou “conveniente” que o Orçamento do Estado seja aprovado e adiantou mesmo que nenhum partido tem vontade de ir para eleições. Para Siza Vieira, vivem-se momentos em que os partidos jogam uma espécie de “jogo de sombras”, sendo que cabe ao Executivo a “jogada inicial”. Em concreto em relação ao PS, também não vê vantagem em ir a votos até porque precisa de arrumar primeiro a casa.
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