"As hostilidades eclodiram no sábado e continuavam na manhã de segunda-feira", declarou à AFP Monday Kassah, presidente do conselho governamental de Bokkos, um distrito da região que há vários anos é afetado por tensões religiosas e étnicas.
"Foram encontrados pelo menos 113 corpos", disse, acrescentando que "mais de 300 pessoas" ficaram feridas e foram transferidas para hospitais em Bokkos, Jos e Barkin Ladi.
O ataque teve lugar na aldeia de Mushu, no Estado de Plateau, uma região que tem sido assolada por tensões religiosas e étnicas desde há vários anos.
"Estávamos a dormir à noite quando, de repente, se ouviram tiros muito altos. Ficámos assustados porque não estávamos à espera de nenhum ataque", explicou Markus Amorudu, um residente da aldeia.
"As pessoas esconderam-se, mas os atacantes capturaram muitos, alguns foram mortos e outros ficaram feridos", acrescentou.
O governador do Estado, Caleb Mutfwang, condenou o ataque, descrevendo-o como "bárbaro, brutal e injustificado".
Após o ataque, foram destacados polícias e militares para vigiar a zona e evitar a desordem pública.
"O governo tomará medidas pró-activas para travar os ataques em curso contra cidadãos inocentes", declarou Gyang Bere, porta-voz do governador.
Na Nigéria, os habitantes das regiões noroeste e central do país vivem aterrorizados com os ataques de grupos jihadistas e de grupos criminosos conhecidos como "bandidos", que saqueiam as aldeias e matam ou raptam os habitantes.
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