Pelo menos 12 civis morreram num ataque do grupo Mobondo na RDCongo

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O ataque aconteceu na madrugada de domingo, quando os poucos integrantes do grupo Mobondo, da localidade de Masambio, que sobreviveram a uma ação das FARDC (Forças Armadas da RDCongo) atacaram moradores da localidade de Mbusie na sua fuga "e mataram 12 civis", disse à agência de notícias espanhola EFE o presidente da sociedade civil da província de Mai-ndombe, Pricile Mpindi.

Os agressores também causaram "muitos danos materiais" e deixaram feridos, que conseguiram fugir para uma localidade vizinha do outro lado do rio, e estão agora a receber cuidados médicos, explicou Mpindi, referindo que "esta contagem ainda é provisória".

Os acontecimentos ocorreram numa área atingida pela violência intercomunitária e conhecida como "Grande Bandundu", que inclui as províncias congolesas de Mai-Ndombe, Kwango e Kwilu.

Naquela área da RD Congo, país que faz fronteira com a lusófona Angola, o grupo Mobondo afirma representar a comunidade Yaka, que está envolvida desde o início de 2022 num conflito com o povo Teke por causa da propriedade de terras.

Tudo começou após o aumento de um imposto que nesta região os agricultores Teke e Yaka devem pagar aos chefes tradicionais Teke, proprietários da terra, para a usarem.

Os confrontos intercomunitários já causaram a morte de pelo menos 300 pessoas, enquanto centenas de casas, escolas e centros de saúde foram destruídos, saqueados e queimados, informou a organização Human Rights Watch (HRW) no final do mês passado.

Da mesma forma, em setembro último, as autoridades locais revelaram que desde agosto de 2022 até aquele mês tinham morrido 60 pessoas que se haviam deslocado devido à violência, incluindo 33 menores e 27 adultos, devido à falta de alimentos e às más condições em que vivem.

As vítimas faziam parte de mais de 4.600 deslocados que fugiram do território de Kwamouth, em Mai-Ndombe, para Kwilu.

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