“Perda total”: satélite de comunicações construído pela Boeing avaria-se em órbita

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Sete anos depois, um satélite de comunicações, construído pela Boeing e operado pela Intelsat, avariou-se na órbita da Terra. Os clientes afetados estão espalhados pela Europa, África e partes da região Ásia-Pacífico.

Satélite

O Intelsat-33e foi lançado a 24 de agosto de 2016 a bordo de um foguetão Ariane 5 da Arianespace, tendo entrado em funcionamento em janeiro de 2017. Segundo a Space, estava localizado a cerca de 35.786 quilómetros acima do nosso planeta.

Na segunda-feira, dia 21 de outubro, a Intelsat declarou a "perda total" do satélite e está a investigar a causa do problema. O satélite esteve em funcionamento durante sete anos, apesar de os dispositivos semelhantes estarem classificados para 15 a 20 anos.

Estamos a coordenar com a fabricante do satélite, a Boeing, e com as agências governamentais para analisar os dados e as observações.

Disse a Intelsat, num comunicado.

Satélite falhou dias antes da "perda total"

A empresa informou que o satélite de comunicações Intelsat-33e, construído pela Boeing, deixou de estar operacional após uma falha, que ocorreu no dia 19 de outubro, e que os clientes afetados, nomeadamente na Europa, África e partes da região Ásia-Pacífico, estão a ser transferidos para outras plataformas.

Imagem de lixo espacial que envolve a Terra

Conforme partilhado por um militar, no X, a Força Espacial dos Estados Unidos começou a seguir cerca de 20 peças.

Entretanto, poderão surgir mais, após o evento, uma vez que a empresa suíça de localização s2a Systems registou 40 fragmentos até segunda-feira e a americana ExoAnalytic Solutions viu 57 peças no mesmo dia, segundo o diretor-executivo, Douglas Hendrix, à SpaceNews.

Este avisou que os detritos do Intelsat-33e podem representar uma ameaça para outros satélites em órbita geoestacionária, pelo que a sua empresa contactou as entidades possivelmente afetadas.

Outros satélites de comunicações em órbita terrestre mais baixa, nomeadamente os cerca de 6400 da Starlink, não serão afetados pela perda do Intelsat-33e, pois estão posicionados 65 vezes mais abaixo.

A perda do Intelsat-33e segue-se a dificuldades com o seu sistema de propulsão, que reduziu o seu tempo de vida operacional para 12,5 anos, em vez de 15, a partir de 2017, segundo a SpaceNews. O satélite antecessor Intelsat-29e sofreu, também, uma falha, em 2019, após apenas três anos de operações.

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