Pimenta: «Nem uma medalha reconforta os duros treinos e a ausência da família»

1 mes atrás 59

Fernando Pimenta, canoísta português não arrecadou medalha nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, mas confessou que tem sido encorajado para não terminar a carreira.

«Muitos portugueses, e não só, têm-me escrito mensagens a pedir para eu continuar. Depois de uma época tão difícil como esta, já me passou pela cabeça atirar a toalha ao chão. Senti-me muito cansado, às vezes sem cumprir objetivos, mas este empurrão ajuda bastante», referiu, esta segunda-feira, na chegada ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.  

«Sinceramente, não senti peso nenhum. Foi o que sempre disse: havia uma probabilidade de conseguir uma medalha, mas também havia de não conseguir nenhuma. Infelizmente, saiu esta última probabilidade que não queríamos», disse.

Na prova de K1 1000m, a única que o atleta luso fez, acabou em sexto, com 3.29,59 minutos, a 5,52 minutos do campeão olímpico, o checo Josef Dostal. Apesar do resultado menos conseguido, Pimenta agradece o «apoio de todos os portugueses» e confessa que saiu de Paris com a mortal «muito em alta».

«Estava no lote dos candidatos, mas no final não me consegui encontrar bem. Fiz basicamente o mesmo tempo do que na meia-final, na qual tive uma boa gestão. Senti que dei o meu máximo, mas não dei o meu melhor. Quando assim é, ficamos tristes. Queria trazer uma medalha para Portugal. Saí de lá sem qualquer medalha, mas com a moral muito em alta pelo apoio de todos os portugueses».

Com um total de 145 pódios na carreira, entre Jogos Olímpicos, Europeus e Mundiais, o canoísta luso confessa que nem uma medalha era suficiente para reconfortar o tempo que passou afastado da família.

«Nem uma medalha consegue reconfortar esses momentos duros de treinos e de ausência da família. Passámos muito tempo em estágio e receber este carinho ajuda, não só a mim, mas também à minha família, aos amigos e a quem me apoia, porque sentem que estão numa onda de energia positiva», concluiu.

Ler artigo completo