Pinto da Costa: «As contas vão ser altamente positivas»

No dia a seguir à apresentação oficial da candidatura de André Villas-Boas, Pinto da Costa esteve presente num jantar organizado pela comissão que representa a sua... recandidatura. Recandidatura essa, curiosamente, ainda não confirmada.

O presidente do FC Porto falou para os apoiantes presentes e voltou a garantir que só avançará se cumprir os três pressupostos pré-definidos: qualificação para os oitavos-de-final da Champions (cumprido), capitais próprios positivos e as máquinas no terreno idealizado para a futura Academia. 

«O FC Porto tem sido massacrado por algumas pessoas e pela maioria da comunicação social pelos seus resultados das últimas contas. Já explicámos e dissemos, mas falar para quem não quer ouvir é muito difícil. Foi uma opção nossa ter resultado negativo no trimestre que acabou para podermos estar nos oitavos de final da Champions, a única equipa portuguesa que está», referiu o dirigente, embora seja importante referir que as contas negativas não se remetem a esse trimestre, mas a um largo período temporal, com algumas exceções.

«No final do ano, nas contas que vamos apresentar, vamos provar que o raciocínio estava certo: as contas vão ser altamente positivas e os capitais próprios também serão positivos. Isso provavelmente virá escondido num canto qualquer. Mas é uma realidade. Foi o caminho traçado a pensar no futuro. Vamos ter uma Academia que será a melhor de Portugal. Não vale a pena vir pensar que há campinhos em qualquer lado para travar o nosso projeto, que já não pára. Será uma realidade.»

Esta última parte, relativa aos «campinhos», está ligada ao anúncio feito por André Villas-Boas na véspera. O ex-treinador e candidato tem uma alternativa à Maia - dependente do que suceder em hasta pública - e bem próxima ao Centro de Treinos do Olival. 

Finalmente, o tabu sobre a recandidatura. Aos 86 anos, feitos em dezembro, o dirigente só deixa uma garantia: manter-se no lugar que ocupa há 42 anos, «com o mesmo entusiasmo». Sem revelar se essa pretensão vai para lá da presente época desportiva. 

«Vamos resistindo, vamos lutando e vamos querer continuar a ser o orgulho das gentes do Norte e de Portugal. Sou presidente do FC Porto vai fazer 42 anos a 23 de abril. Orgulho-me de todos os que colaboram comigo e que algum dia colaboraram também. Foram eles os treinadores, os jogadores de todas as modalidades que, imbuídos do espírito do Dragão, me ajudaram a poder ser presidente de um clube tão titulado como o FC Porto. Em 42 anos, até outubro, tínhamos vencido 2550 títulos nas modalidades, 68 no futebol, sete deles internacionais. Quando se põe em causa o valor desta equipa que ganhou tantos títulos neste meu mandato, algo está mal e não é certamente no FC Porto.»