Pinto da Costa: «Nós não vamos ter mais transparência, vamos ter transparência»

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Pinto da Costa, presidente do FC Porto, esteve esta quarta-feira no Auditório da Escola Secundária de Rio Tinto, onde, acompanhado de Vítor Baía e João Rafael Koehler, respondeu às questões de alguns sócios do clube. Uma delas esteve relacionada com a transparência nos negócios.

«Nós não vamos ter mais transparência, vamos ter transparência, porque todos os nossos negócios estão descritos no Relatório e Contas. E quando se fala em negócios obscuros, empresários que são favorecidos, não é verdade. Há empresários que trabalham com o FC Porto há muito tempo, que quando precisamos estão ao nosso lado. Dou o exemplo de Jorge Mendes, o empresário mais antigo a trabalhar connosco, a quem mais devemos em termos monetários, porque está sempre disposto a esperar», começou.

«Vendemos o Luís Díaz através de Raul Costa, que nos vendeu abaixo da cláusula porque estávamos num momento difícil e com os seus parceiros puseram uma ação ao FC Porto, porque se atrasou na comissão. O Dr. Raul Costa, num negócio em que pouco interveio, ganhou cerca de 4M€, e quando o FC Porto se atrasou um bocadinho, moveu uma ação em tribunal através dos seus parceiros. Esses é que temos de evitar», completou.

Com as eleições à espreita, o dirigente dos azuis e brancos foi também questionado acerca do atual sistema de voto, que está limitado ao voto presencial:

«A comissão dos estatutos, da qual não fiz parte, apresentou uma proposta que permitia o voto eletrónico. Agora, como foi recusada a AG, não foi a proposta. Não faz sentido uma pessoa do Algarve ter de vir ao Porto. São 1200 km para vir votar. Não se pode exigir um esforço desses, porque o voto eletrónico, que já se usa em todas as eleições, não é permitido. Se formos eleitos é um assunto que poderemos tentar colocar em curso», atirou.

Recorde-se que as eleições do FC Porto, nas quais Pinto da Costa terá André Villas-Boas como principal opositor, estão marcadas para dia 27 de abril.