O homem detido pela PJ estava foragido da justiça italiana há mais de 20 anos, quando foi condenado a 15 anos por tráfico de estupefacientes.
A Polícia Judiciária (PJ) portuguesa deve um homem de 69 anos, no norte do país, que estava foragido à polícia italiana há mais de duas décadas.
Segundo comunicado da PJ, o suspeito pertence à máfia napolitana, Camorra, e era alvo de um mandado de detenção europeu.
“O homem, de 69 anos, detido pela Diretoria do Norte da PJ, foi condenado a uma pena de prisão de 15 anos, pela prática do crime de tráfico de estupefacientes”, lê-se no comunicado. Diz a PJ que o agora detido se ausentou de Itália após a prática dos crimes, há mais de 20 anos, tendo sido procurado pelas autoridades italianas ao longo deste tempo.
Sem precisar o dia da detenção, a PJ esclarece que “o detido foi presente ao Tribunal da Relação do Porto para interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação”, estando agora a aguardar o processo de extradição “em prisão preventiva”.
A máfia de Camorra é originária da região de Campania, sendo considerada como uma das maiores e mais antigas organizações criminosas de Itália. Entre as principais atividades da máfia napolitana estão o tráfico de droga, extorsão, falsificação e lavagem de dinheiro.
A presença deste homem em território nacional não é incomum, dado que, em 1980, a Camorra expandiu a sua influência pela Europa, nomeadamente para Espanha, onde estreitou laços com cartéis sul-americanos.
A detenção deste homem acontece na mesma semana em que uma equipa da PJ foi à Colômbia buscar “El Doctor”, um narcotraficante que se encontrava no país sul-americana à espera da extradição para território nacional. Este homem vai cumprir onze anos de pena de prisão, já depois de ter sido condenado pelo crime de tráfico de estupefacientes agravado.