Plano de assassinato nos EUA? Modi quebra silêncio: "Pronto a investigar"

9 meses atrás 77

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, afirmou, esta quarta-feira, que o país "definitivamente investigará" qualquer evidência fornecida sobre as suas supostas ligações com um plano de assassinato nos Estados Unidos.

"Se um cidadão nosso fez algo bom ou mau estamos prontos a investigar. O nosso compromisso é com o Estado de Direito", afirmou o primeiro-ministro, ao Financial Times, acrescentando que as alegações não afetarão os laços entre a Índia e os EUA.

De notar que esta é a primeira vez que Modi fala publicamente sobre o assunto que surgiu em novembro, quando os EUA acusaram um indiano de conspirar para assassinar um líder separatista sikh em Nova Iorque.

O alvo da tentativa de assassinato, Gurpatwant Singh Pannun, é um cidadão norte-americano e canadiano que é um defensor do movimento Khalistan, que defende um Estado independente para os sikh. A Índia designou Pannun como terrorista, mas Pannun nega a acusação e diz que é um ativista.

Os promotores americanos alegaram que um homem chamado Nikhil Gupta pagou 100 mil dólares (cerca de 91 mil euros) em dinheiro a um assassino contratado para matar Pannun e que terá sido encaminhado por um funcionário do governo indiano.

As alegações surgiram cerca de dois meses depois de o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, ter acusado a Índia de ter ligações ao assassínio de outro líder separatista sikh chamado Hardeep Singh Nijjar.

Nijjar foi morto a tiros do lado de fora de um templo sikh em 18 de junho no Canadá. A Índia negou veementemente as acusações e acusou o Canadá de fornecer abrigo a "terroristas e extremistas Khalistani" que ameaçam a segurança da Índia.

Delhi também afirmou repetidamente que Ottawa ainda não partilhou evidências concretas para apoiar a alegação.

O Movimento Khalistan

O movimento Khalistan atingiu o seu auge na Índia na década de 1980 com uma violenta insurgência centrada no estado de Punjab, de maioria sikh. Foi reprimido pelas forças e tem pouca expressão na Índia neste momento, mas ainda é popular entre alguns na diáspora sikh, em países como Canadá, Austrália e Reino Unido.

Os especialistas consideram que as recentes acusações de execuções extrajudiciais de separatistas sikhs ameaçam prejudicar os laços da Índia com os EUA, que têm crescido constantemente.

No entanto, Modi disse ao Financial Times que se sente confiante sobre a trajetória ascendente da relação. "Há um forte apoio bipartidário para o fortalecimento dessa relação, o que é um claro indicador de uma parceria madura e estável. Não acho apropriado vincular alguns incidentes às relações diplomáticas entre os dois países", acrescentou.

O primeiro-ministro indiano também frisou disse que o país está preocupado com as "atividades de certos grupos extremistas baseados no exterior".

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