"É uma decisão acertada, que só peca por tardia. Esperamos que o início da construção do aeroporto se concretize o mais rápido possível, no menor prazo possível", disse à agência Lusa o porta-voz da plataforma, José Encarnação.
A plataforma foi sempre contra a opção de construção do aeroporto na Base Aérea do Montijo, alegando que representaria graves prejuízos para a segurança, a saúde e o bem-estar das populações, bem como graves atentados ao meio ambiente.
"Nos últimos dias tem sido adiantado, não pelo Governo, mas, eventualmente, por fontes bem informadas, que a terceira travessia sobre o Tejo, ou pelo menos a alta velocidade, não será encargo do aeroporto, tal como tinha sido considerado pela Comissão Técnica Independente (CTI) no estudo sobre o novo aeroporto. Isto terá obedecido a contrapartidas em negociações que também envolveram a concessionária ANA, embora todos saibamos que quem manda na ANA é o acionista VINCI", acrescentou.
O Governo aprovou hoje a construção do novo aeroporto da região de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, seguindo a recomendação da Comissão Técnica Independente (CTI), anunciou o primeiro-ministro, Luís Montenegro.
"O Governo decidiu aprovar o desenvolvimento do novo aeroporto de Lisboa com vista à substituição integral do Aeroporto Humberto Delgado no Campo de Tiro de Alcochete e atribuir-lhe a denominação de Aeroporto Luís de Camões", anunciou Luís Montenegro, numa declaração ao país, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, esta tarde.
A CTI publicou no dia 11 de março o relatório final da avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto, mantendo a recomendação de uma solução única em Alcochete, a mais vantajosa, ou Vendas Novas.