PM libanês condena "ataque deliberado" de Israel que matou jornalistas 

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O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, condenou hoje o "ataque deliberado" de Israel que causou a morte de três jornalistas no sul do país, qualificando-o de "crime de guerra".

"A nova agressão israelita contra jornalistas e correspondentes em Hasbaya constitui um capítulo de crimes de guerra cometidos pelo inimigo israelita, sem dissuasão nem vozes internacionais que travem o que está a acontecer", afirmou Mikati num comunicado, acrescentando que o ataque foi "deliberado" e teve como objetivo "aterrorizar os meios de comunicação social para encobrir os crimes e a destruição".

As palavras de Mikati surgem depois de o seu ministro da Informação ter também acusado Israel de ter visado deliberadamente a imprensa no ataque no sul do país.

"O inimigo israelita esperou que os jornalistas fizessem uma pausa durante a noite para os apanhar a dormir [...]. Isto foi um assassínio, após vigilância e rastreio, porque estavam lá 18 jornalistas representando sete instituições de comunicação social. Isto é um crime de guerra", declarou Ziad Makari numa mensagem na rede social X.

Entretanto, o exército israelita, num comunicado em que não faz referências aos jornalistas, confirmou hoje ter efetuado um ataque a um posto fronteiriço entre o Líbano e a Síria, alegando que este era utilizado pelo grupo xiita libanês Hezbollah para transportar armas para o país.

"Durante a noite [...] a força aérea israelita atacou as infraestruturas terroristas do Hezbollah no posto fronteiriço de Joussieh, no norte da região de Bekaa", declarou o exército em comunicado, utilizando o nome sírio do posto, que o Líbano designa por al-Qaa.

Segundo o exército israelita, o movimento islamita libanês "explora este posto, controlado pelo regime sírio [...] para transferir armas [que utiliza] para levar a cabo numerosas operações terroristas".

As armas são transportadas "da Síria para o Líbano pela unidade 4.400 do Hezbollah", precisou o exército, que anunciou na segunda-feira ter matado o comandante desta unidade num ataque aéreo ao seu carro em Damasco, a capital síria.

O exército israelita sublinhou que o ataque ao posto fronteiriço foi efetuado com "munições de precisão para minimizar os danos causados aos civis".

Segundo as autoridades libanesas, o ataque cortou a estrada, deixando apenas uma passagem entre os dois países.

A 04 deste mês, a força aérea israelita efetuou um ataque no leste do Líbano, perto do posto fronteiriço de Masnaa com a Síria, o principal ponto de passagem entre os dois países.

Após quase um ano de trocas de tiros transfronteiriças, Israel lançou uma vasta campanha de bombardeamentos em todo o Líbano, a 23 de setembro, entrando em guerra aberta com o Hezbollah, antes de enviar tropas terrestres uma semana depois.

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