PM polaco pede ida às urnas para impedir Kremlin de conquistar Bruxelas

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Numa intervenção emocionada e repleta de referências à história recente da Polónia, Tusk escolheu o dia de hoje para se dirigir aos polacos, aniversário das primeiras eleições democráticas do país, em 1989.

Tendo em vista as eleições europeias que se realizam no domingo, o primeiro-ministro polaco incentivou os cidadãos de todas as áreas políticas a participarem no ato eleitoral, fazendo uma alusão à vizinha e aliada Ucrânia, país invadido pela Rússia desde fevereiro de 2022, e às ações de perturbação atribuídas à Rússia no espaço europeu.

"A inação colocaria em perigo a vida dos nossos filhos, a independência, a liberdade da Polónia e da Europa", disse Tusk, que foi presidente do Conselho Europeu e chegou ao poder após as legislativas realizadas em 15 de outubro.

As últimas sondagens dão aproximadamente 30% dos votos à Plataforma Cívica liderada por Tusk, a formação maioritária na coligação pró-europeia que governa há meio ano.

A oposição ultraconservadora e eurocética da Lei e Justiça (PiS), que governou o país durante oito anos até às ultimas legislativas, poderá obter o mesmo apoio ou até maior, de acordo com as sondagens.

Desde um pequeno palco na Praça do Castelo, em Varsóvia, o líder polaco referiu-se à "grave pressão migratória" que existe na fronteira com a Bielorrússia, que as autoridades de Minsk e Moscovo são acusadas de provocar.

Tusk reafirmou a necessidade de "conciliar defesa e segurança" e a "luta contra a guerra híbrida", numa referência às ações de desinformação e desestabilização atribuídas à Rússia, com "empatia para com todos os seres humanos" e imigrantes que "não devem sofrer violência".

O chefe do Governo pediu também a todos os seus eleitores paciência e tempo para cumprir todas as promessas eleitorais que fez durante a sua campanha eleitoral.

Tusk disse ainda que é necessário demonstrar com uma vitória nas eleições europeias a "mudança para a maturidade" que, segundo defendeu, ocorreu na sociedade polaca ao "retirar do poder os ladrões e canalhas" do anterior Governo.

Cerca de 373 milhões de eleitores dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) são chamados a votar, entre quinta-feira e domingo, para escolher a composição do próximo Parlamento Europeu.

Para o próximo mandato de cinco anos serão eleitos 720 eurodeputados, mais 15 do que no Parlamento atual, que foram distribuídos por 12 países.

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