Polícia islâmica nigeriana procura `influencers` que publicaram "vídeos imorais"

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"Estamos à procura dos seis `TikTokers` para virem explicar porque publicaram o vídeo depois de nos terem prometido que nunca mais o fariam", disse Aminu Daurawa, chefe da Hisbah, referindo-se a um vídeo que menciona um afrodisíaco.

Entre os `influencers` procurados - três mulheres e três homens - encontra-se Murja Kunya, de 24 anos, que já teve vários problemas com a Hisbah por causa de vídeos considerados "obscenos", que conduziram à sua detenção e prisão.

Os outros são Gfresh, Saadiya Haruna, Ashiru Idris, Ummee Shakira e Hassan Makeup.

Kano é um dos 12 Estados predominantemente muçulmanos do Norte onde a Sharia (sistema jurídico islâmico que deriva das orientações do Alcorão) é aplicada a par da lei comum.

Em novembro, Murja Kunya e dezenas de `influencers` aceitaram um convite do Hisbah para participarem numa reunião destinada a combater os conteúdos "imorais" que publicam `online`.

A reunião foi amplamente vista como uma mudança na abordagem autoritária da Hisbah.

"Não temos qualquer intenção de os acusar nesta fase, tudo o que queremos fazer é repreendê-los e dar-lhes uma oportunidade de explicar por que razão não cumpriram a sua promessa", disse Daurawa.

O chefe da polícia islâmica disse ter-se reunido com os executivos do TikTok na Nigéria para lhes pedir que suspendam as contas dos influenciadores se estes continuarem a publicar vídeos "imorais".

Kano é o lar de uma indústria cinematográfica em expansão, conhecida como Kannywood, que produz mais de 200 filmes por mês na língua local Hausa, falada na região e em toda a África Ocidental.

O gabinete de censura criado por pregadores muçulmanos e autoridades locais para controlar Kannywood alargou as suas atividades às redes sociais em 2022.

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