Polícia sublinha “tolerância zero” a desacatos nos bairros periféricos de Lisboa

2 horas atrás 22

A PSP assegurou esta tarde que vai ter “tolerância zero” em relação a desacatos como os que se verificaram na última noite na área metropolitana de Lisboa, desencadeados após a morte de um cidadão baleado pela PSP.

“É importante salientar que repudiamos claramente e que temos e teremos tolerância zero a qualquer ato de desordem e destruição praticados por grupos criminosos que, apostados em afrontar a autoridade do Estado e perturbar a segurança das comunidades, executam ou têm vindo a executar as ações que os jornalistas têm presenciado”, disse o diretor nacional em suplência da PSP, Pedro Gouveia.

Em conferência de imprensa, o superintendente explicou também que a PSP tem “um grupo de trabalho com todas as forças e serviços de segurança [que estão a] trabalhar em uníssono” para repor a tranquilidade pública.

Apelou ainda para a calma e denunciou que as formas de protesto que estão a ser desencadeadas são ilegais.

Polícia acredita que ‘taser’ poderia evitar esta morte

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) alertou hoje para a falta de condições de trabalho, defendendo que a recente morte do morador do Bairro do Zambujal poderia ter sido evitada se já tivessem as prometidas armas elétricas 'taser'.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a ASPP/PSP começa por lamentar a morte do morador de 43 anos do Bairro do Zambujal, na Amadora (distrito de Lisboa), que na madrugada de segunda-feira foi baleado por um agente da PSP.

Para a associação, esta morte poderia ter sido evitada, caso os agentes do carro patrulha já tivessem a arma de eletrochoque não letal que permite imobilizar temporariamente o agressor, conhecida como ‘taser’.

Além da “inexistência de uma arma elétrica”, a tripulação do carro-patrulha também não tem ‘bodycams’, uma pequena câmara de filmar que já está prometida às forças de segurança há vários anos.

A promessa dos ‘taser’ e das ‘bodycams’ é antiga. O anterior Governo tinha prometido adquirir de forma faseada cerca de 10.000 ‘bodycams’ até 2026, tendo lançado um concurso público em abril de 2023.

O concurso foi impugnado duas vezes e, em maio deste ano, continuava por concluir, tendo o atual Governo decidido rever a quantidade de câmaras a adquirir.

Só depois de concluído o concurso de compra da plataforma é que se seguirá a fase de aquisição das ‘bodycams’ para equipar os elementos da PSP e GNR.

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